​Pedágios operarão em 2018 com Engler, Nogueirinha e Alckmin buscando votos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 12:49
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:38
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2018 será o ano em que Engler, Nogueirinha e Alckmin estarão de novo atrás dos votos

Engler, Alckmin e Nogueirinha, em foto de 2010 (Foto Arquivo JF)

Há quem diga que Roberto Engler, deputado estadual por Franca, pelo PSDB não disputa a sua próxima eleição, em 2018, quando completa 30 anos na Assembleia Legislativa. 

Caso isso ocorra ele terá que optar pela gratidão (ou ingratidão) ao seu principal correligionário no ninho tucano, o Governador Geraldo Alckmin, que busca a vaga de candidato a Presidente em briga partidária com o mineiro Aécio Neves.

Além de Alckmin, Roberto Engler, um dos fundadores do PSDB, corre o risco de engolir mais um sapo nas eleições de 2018: o também tucano deputado federal Antônio Duarte Nogueira Júnior – Nogueirinha, não nega a ninguém seu sonho de ser o candidato a sucessor de Alckmin no Palácio dos Bandeirantes.

Esta análise política seria apenas mais uma, das muitas que já correm nos bastidores eleitorais para 2016 e mais à frente para 2018, não fossem estes três personagens (Engler, Alckmin e Nogueirinha), figuras centrais de um desgastante jogo político que se desenrola com o Plano de Concessões Rodoviárias do Estado de SP, em curso no governo alckmista.

Alckmin, em seu plano, via Agência Reguladora Delegada dos Transportes Rodoviários do Estado – Artesp – quer implantar 27 novas praças de pedágio no território paulista, três delas na região (No km 427 da Portinari, no 27 da Ronan Rocha e no 35 da Altino Arantes).

Nogueirinha, o deputado federal licenciado para ser secretário de Estado de Logística e Transportes, que toca o Plano de Concessões e que prevê os pedágios em Cristais, Patrocínio e Batatais-Altinópolis.

São parceiros de primeira hora que, por ironias políticas, batem de frente num episódio que custa caro (muitos votos de protesto) aos três. Roberto Engler foi relator do Orçamento do Estado em todos os anos de governo de Geraldo Alckmin. Sempre “segurou as pontas” do Governador em questões politicas delicadas, confrontando principalmente o PT paulista.

Também por conveniência – e muita verba para propaganda eleitoral na campanha passada – Engler e Nogueirinha fecharam “dobradinhas” nas eleições passadas em mais de 40 municípios da região. Ambos foram eleitos: Engler com a sua maior votação de todos os tempos e Nogueirinha elevado para a Câmara Federal de onde saiu para assumir a cobiçada pasta de Logística e Transportes do Estado.

Agora, se publicamente o clima está azedo entre os três, nos bastidores os adjetivos de uns para outros entre o trio são assim que meio impublicáveis. Insinuações de golpe baixo, traição, facada pelas costas e quetais são os publicáveis. Os impublicáveis… deixa prá lá.

O ano eleitoral de 2018 é por demais complicado. Será justamente o ano em que Engler, Nogueirinha e Alckmin estarão de novo atrás dos votos dos eleitores das regiões de Franca, Batatais e Ribeirão Preto. Por ironia do destino, será também o ano em que as praças de pedágio da Portinari, da Ronan Rocha e da Altino Arantes starão iniciando cobrança, como prevê o Plano de Concessões Rodoviarias.

Certamente, cada passagem na cabine de pedágio será um voto a menos que os três tucano terão. E um inimigo a mais trabalhando contra eles. É esperar (e pagar) para ver… 


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