compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Os sucessivos lucros são um dos argumentos usados por alguns partidos políticos para se posicionarem contra a privatização.
Projeto de lei que cria um novo marco dos serviços postais e abre caminho para a privatização dos Correios travou no Senado
Na fila das privatizações do governo Jair Bolsonaro, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) já teve neste ano um lucro líquido de R$ 1,9 bilhão até setembro.
Os números, ainda não divulgados oficialmente, foram obtidos pelo jornal Valor Econômico, que publicou a notícia.
Esse desempenho parcial supera o resultado verificado em todo o ano passado, mesmo sem incluir novembro e dezembro, os dois meses mais superavitários no balanço da estatal, por causa do alto volume de encomendas com a Black Friday e com o Natal, respectivamente.
A companhia postal registrou lucro de R$ 1,53 bilhão em 2020 – o maior em uma década, graças principalmente à redução de custos e à explosão do comércio eletrônico, que foi impulsionado pela pandemia.
Virando o jogo
Em 2021, houve novos recordes na distribuição de encomendas e mais enxugamento das despesas fixas, após um corte de benefícios trabalhistas “extra-CLT” no fim do ano passado.
O Valor teve acesso a uma apresentação preliminar sobre o “valuation” (estudo para precificar ativos) dos Correios, apontando outorga mínima de R$ 1,3 bilhão e R$ 3 bilhões como referência para a sua privatização – o equivalente, no limite inferior da estimativa, a menos de um ano do lucro líquido da empresa.
De qualquer forma, o projeto de lei que cria um novo marco dos serviços postais e abre caminho para a privatização travou.
Após ter sido aprovado na Câmara dos Deputados, no começo de agosto, o PL 591/2021 enfrenta uma tramitação mais complicada no Senado.