Índice de isolamento social sobe em Franca e vai a 55% na sexta-feira santa

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de abril de 2020 às 14:36
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:36
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Na sexta-feira, dia 10, apenas a região do final do bairro Santa Mônica estava no vermelho de alerta

Talvez pelo dia Santo, a sexta-feira, 10 de abril, mostrou que 55% dos francanos estavam cumprindo o isolamento social. O número ainda está abaixo dos 70% desejados pelo governo do Estado, mas bem acima dos 40% registrados no dia 9 de abril.

O isolamento social é fundamental para evitar a proliferação e transmissão do coronavírus, assim como o contágio. Acontece que muitas pessoas podem ter o vírus, mas não apresentar nenhum sintoma.

Os números do isolamento são obtidos a partir da utilização da tecnologia de movimentação, com registro pelas operadoras de celular, mas nesse caso, os dados são impessoais. 

O objetivo é conscientizar a população a manter o isolamento, porque agora é o período mais crítico de transmissão do vírus, depois de um período de incubação.

E as projeções são de uma evolução exponencial.

O governo do estado tem em mãos a movimentação das pessoas em todos os municípios paulistas e, dentro dos municípios, os movimentos dentro de cada célula de Estação Rádio Base, que permite saber como está o isolamento.

Jornal da Franca obteve com exclusividade cópias dos mapas sobre as regiões de Franca que estão cumprindo ou deixando de cumprir o isolamento.

Os mapas sobre Franca mostram algumas regiões que têm apenas 25% de pessoas cumprindo o isolamento. Na sexta-feira, dia 10, apenas a região do final do bairro Santa Mônica estava no vermelho de alerta.

Um grau abaixo estavam três regiões: o centro da cidade, a região final do Vera Cruz e a que engloba o final do prolongamento do Ângela Rosa, Parati e bairros próximos.

O restante da cidade tinha diferentes graduações de verde, mas alguns bairros estavam cumprindo 70% de isolamento.

O interessante é que todo o estado de São Paulo atingiu números maiores de isolamento social, com cidades tendo registros amarelos, mas nenhum com alerta vermelho. Isso ajuda no

Segundo o diretor da Vigilância Epidemiológica, médico Homero Rosa Júnior, seria interessante se esse percentual se mantivesse, porque ele acredita que a explosão de números ainda está por vir.

“Teremos uma fase muito crítica, porque ainda está havendo um período de contaminação e quanto mais as pessoas estiverem em movimento mais expostas elas estarão”, disse.

Para ele, depois da contaminação vem a fase da manifestação do Covid-19, o que leva as pessoas para os hospitais. 

O médico Homero salienta que Franca tem uma estrutura preparada uma vida normal, mas não para uma situação anormal, de explosão dos casos.

“Franca é centro de referência regional, portanto atende a população de várias cidades próximas, que, somadas, dá cerca de 800 mil pessoas”. 

“Nossa estrutura oferece cerca de 35 leitos de UTI para Covid-19, neste momento, com respiradouros. Se o número de pacientes for maior, não há como atender”.

Por isso ele diz – e até apela – para as pessoas ficarem em casa, evitar serem contaminadas, evitarem passar o vírus para frente. “Só assim chegaremos bem ao final de tudo isso”.

Homero Rosa Júnior diz que “Franca tem potencial para ser um exemplo para o mundo inteiro, mas para isso é preciso a união de todos, autoridades e população”, finalizou. 


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