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Proposta é controversa e pode expor prefeito, caso algum vereador decida votar contra a iniciativa ou deixar o recinto sem votar
Proposta é controversa e pode expor prefeito, caso algum vereador decida votar contra a iniciativa
A Câmara dos Vereadores vai votar um projeto inusitado na próxima terça-feira. Os parlamentares vão aplaudir, coletivamente, o prefeito Alexandre Ferreira, o vice-prefeito, Everton de Paula, assim como a todos os secretários municipais.
A justificativa para a Moção de Aplausos, segundo a proposta, é a “excelente gestão do município neste primeiro semestre do mandato 2021/2024”.
Segundo a apresentação da moção, a proposta é de autoria coletiva, mas os vereadores afirmam que a iniciativa é do presidente da Câmara, vereador Claudinei da Rocha.
Tal moção soa estranho no atual momento. Não que o prefeito Alexandre Ferreira não tenha seus méritos, mas ainda há muito o que se fazer e nem todas as decisões tomadas até aqui são acertadas.
Excelente ou criticado?
Prova disso são as constantes críticas que a gestão de Alexandre Ferreira recebe, todas as semanas, dos próprios vereadores na tribuna da Câmara.
São alguns exemplos disso a manutenção de praças, jardins e fontes, a gestão na vacinação contra Covid, com muitas filas, a falta de equipamentos na Emdef.
Também já surgiram críticas aos focos de favelas na cidade, demora na operação tapa-buracos, sinalização de trânsito, falta de medicamentos de alto custo, ausência de especialistas em UBSs.
Só nesta semana, houve críticas dos parlamentares à falta de poda de árvores no São Joaquim, abandono de um prédio de escola na zona leste, falta de apoio aos centros comunitários, entre outras questões.
São questões comuns à administração pública de cidades do porte de Franca, porém, se os problemas existem e são apontados pelos vereadores, é no mínimo contraditório dizer que a gestão é “excelente”.
Aplaudir pelos esforços seria até razoável, mas como está a moção dá impressão de que “força a barra”.
Saia justa
Além do aspecto de exagero que o termo “excelente” sugere, uma saia-justa pode surgir na votação de terça-feira.
Vereadores ouvidos pela reportagem dizem que podem até votar a moção, por cordialidade, mas que não consideram a gestão tão produtiva.
Alguns cogitam até deixar o plenário antes da votação, já que é obrigatório dar publicidade ao “sim” ou ao “não”.
É bem provável que nem o prefeito Alexandre Ferreira concorde com tal proposta.