Carro usado: pensando em comprar ou vender? Veja aqui como fazer um bom negócio

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 7 de fevereiro de 2021 às 07:00
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Especialistas dão dicas do que é preciso conferir no veículo para não levar gato por lebre ou valorizar o seu automóvel para conseguir um preço melhor

Mercado de carros usados voltou a mostrar aquecimento e a procura tem sido grandeMercado de carros usados voltou a mostrar aquecimento e a procura tem sido grande

 

Apesar das quedas substanciais no mercado automotivo no ano passado em razão da pandemia de covid-19, a retomada tem sido promissora, especialmente no mercado de seminovos.

Tanto que os estoques nas lojas atualmente andam em baixa, já que muitas das pessoas que precisaram retomar suas atividades gradualmente compraram carros para fugir do transporte público como forma de se prevenir da contaminação.

Portanto, se você está pensando em se tornar proprietário de um usado, vai precisar pesquisar bastante para encontrar um bom negócio.

Mesmo porque, no atual cenário, achar uma pechincha pode significar que o carro tenha problemas “escondidos”.

“Se o cliente está procurando qualidade, vai pagar mais caro. Não está havendo flexibilidade para o consumidor”, revela Edineia Mouta, consultora de vendas.

Ela conta que, dependendo do estado do veículo, é possível cobrar de R$ 6 mil até R$ 8 mil acima da tabela Fipe, tamanha a procura. E sem negociação! Descontos? Só para modelos com quilometragem bastante elevada.

De qualquer maneira, para não levar gato por lebre — ou seja, encontrar um carro aparentemente em ordem, mas com preço bem abaixo da tabela — é importante seguir algumas dicas no momento da busca.

“Em primeiro lugar, é preciso analisar itens que podem ser identificados a olho nu, como bolhas na pintura e estado dos pneus, além de verificar se o desgaste de volante, manopla e pedais é compatível com a quilometragem do veículo”, explica Marcus Gazolla, gerente de pós-vendas da Volanty, startup de venda de seminovos e usados.

São casos raros, mas há quem altere o hodômetro para que o veículo pareça ser menos rodado do que realmente é.

Veja ainda o estepe e o assoalho do porta-malas. “Se estiver enrugado, é sinal de que houve impacto.”

Em seguida, observe o compartimento do motor para checar se não há vazamentos, se as mangueiras estão intactas e se o óleo não está leitoso, além da cor do líquido de arrefecimento.

Confira também o funcionamento dos equipamentos elétricos (vidros, travas e retrovisores). “Isso é caro para arrumar”, diz Gazolla.

A última etapa é partir para um test-drive para identificar barulhos, engates do câmbio e a sua sensação geral ao volante.

Caso não seja muito familiarizado com o mundo dos automóveis, tente levar em sua avaliação um mecânico de confiança ou aquele amigo que manja tudo de carros.

Por outro lado, a notícia é boa caso você queira vender seu veículo (ou trocar por um mais barato para conseguir uma graninha em caixa).

Isso porque, se a valorização está alta para quem compra, quem vende também pode barganhar um preço maior, ainda mais se seu veículo estiver bem conservado.

A ideia é basicamente inversa a de quem procura um modelo para comprar: tente deixar seu carro nas melhores condições possíveis.

Se for preciso, invista em um jogo novo de pneus ou em uma higienização para garimpar uma oferta melhor.

Mas o ideal é não mexer em pequenos amassados ou arranhões, por mais que isso acarrete uma leve desvalorização.

Caso mande pintar uma peça com um defeito pequeno, a diferença na cor pode fazer com que o interessado no seu carro desconfie que houve uma batida grande.

“A loja tem fornecedores para fazer esses consertos por um preço mais em conta. Quem está vendendo vai gastar dinheiro e não vai conseguir retorno do valor que pagou pelos ajustes”, revela a consultora de vendas.

Outra dica é deixar o carro o mais próximo da originalidade, já que customização é uma questão de gosto — você restringe o público-alvo na hora de vender.

Fique de olho!

Confira o que é importante checar antes da compra

1- Pintura: Bolhas ou diferença de tonalidade na cor indicam que a peça foi repintada
2- Sensível ao toque: Desgaste de volante, manopla e pedais deve condizer com a quilometragem
3- Porta-malas: Assoalho enrugado é sinal de que o carro passou por colisão na traseira
4- Motor: Confira mangueiras, cor do líquido de arrefecimento e estado do óleo
5- Equipamentos: Teste vidros, travas e retrovisores elétricos, que são caros para arrumar.

*Informações Auto Esporte

 


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