Morre Sidnei José Ribeiro. Jornalismo de Franca perde um de seus brilhantes talentos

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 14 de agosto de 2021 às 16:20
  • Modificado em 14 de agosto de 2021 às 17:59
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Com inteligência na condução das editorias e com conhecimento tecnológico, Sidnei Ribeiro fez a primeira edição colorida do Comércio da Franca.

Com uma cultura acima da média, Sidnei José Ribeiro se destacou nas atividades jornalísticas

O jornalista Sidnei José Ribeiro morreu na madrugada deste sábado, em sua casa, no Jardim do Éden. Segundo o sobrinho Wilber Sebastião Camilo, que residia com ele, Sidnei morreu dormindo.

“Conversamos até as 3 da madrugada. Ele queria continuar a ver filmes, mas resolvemos dormir. Hoje cedo, ele estava morto”, disse o sobrinho.

Sidnei José Ribeiro veio de Igarapava para estudar em Franca. Começou sua carreira como revisor de textos no jornal Diário da Franca, quando a empresa ainda era na rua Tiradentes, em frente o plantão policial.

Por volta de 1980 transferiu-se para o Comércio da Franca, na mesma função.

Acumulou funções

Inteligente e com um conhecimento cultural muito acima da média, logo acumulou funções. Enquanto fazia suas revisões, atuava também na área de composição de textos.

Com o jornalista Cesar Colleti na editoria do jornal, Sidnei José Ribeiro passou a fazer uma coluna de notícias artísticas. Logo em seguida, teve a oportunidade de ser copy desk, função em que reescrevia os textos dos repórteres, dando-lhes formato e estilo jornalístico.

Ao exercer a função com maestria, Sidnei foi alçado a editor do jornal com a saída de Cesar Colleti, que foi atuar na Prefeitura de Franca.

Com inteligência na condução das editorias e com conhecimento tecnológico, Sidnei José Ribeiro fez a primeira edição colorida do Comércio da Franca.

Soluções criativas

Usou o pioneiro Adobe PageMaker para fazer a separação de cores e utilizou papel vegetal para fazer as lâminas de cada uma das cores básicas.

Já no seu trabalho de revisão, Sidnei Ribeiro demonstrou ter um amplo conhecimento de literatura, pintura e cinema, recitando de memória artistas e suas obras. Tinha orgulho quando fazia sinopse de filmes.

Durante muitos anos foi o fio condutor da redação do jornal. Tinha toda a confiança do jornalista Correa Neves, com quem conversava todas as noites sobre a edição da capa.

De fácil convivência e sempre de bom humor, foi mestre de muitos jornalistas que ainda estão em atividade em Franca.

Aposentado

Até que precisou se aposentar por problemas de saúde, causados pela obesidade.

Nos últimos tempos se transformou num colaborador informal do Jornal da Franca, ajudando tanto na sugestão de pautas, como também nas questões tecnológicas que facilitaram o trabalho de postagem das matérias.

O velório está marcado para domingo (15), no Memorial Nova Franca. O sepultamento será as 13 horas, no cemitério Santo Agostinho em Franca.