Segundo especialista, praticar atividade física no inverno requer atenção

  • Entre linhas
  • Publicado em 6 de julho de 2017 às 14:46
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:15
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Nesta época do ano, riscos de desenvolver algum tipo de lesão costumam aumentar

As baixas temperaturas, o ar seco e a desidratação – devido à baixa ingestão de líquidos – são alguns dos principais problemas ao se exercitar durante o inverno, relatados pela médica do esporte do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Silvana Vertematti.

Entre as diferenças de realizar exercícios, principalmente ao ar livre, nesta época do ano, estão a motivação, umidade do ar, sensação térmica e sudorese.

“A necessidade metabólica aumentada provoca sudorese que, devido à menor temperatura do ar, não evapora tão facilmente das roupas. Por isso, é importante trocá-las com maior frequência”, explica. “Apesar da baixa temperatura, a hidratação também é muito importante, principalmente para repor as perdas pela sudorese, que não são tão evidentes como no verão”, complementa a médica.

Silvana Vertematti salienta que no inverno também há mais chances de desenvolver algum tipo de lesão. Isso porque, com maior demanda metabólica neste período, o corpo precisa de um aquecimento mais longo – cerca de 25 minutos – para melhorar a circulação e irrigação sanguínea, além do tradicional alongamento antes e depois do exercício.

Usar agasalhos, pelo menos até o aquecimento, e trocar a roupa suada após o treinamento também são essenciais para manter a temperatura corpórea. Além disso, a especialista recomenda a ingestão proteica adequada e balanceada. A hidratação e o uso de soluções salinas nas vias aéreas superiores também se fazem indispensáveis para evitar infecções respiratórias, comuns nesta época do ano.

“Essas atitudes previnem a perda de calor muito rápida, o que predispõe alterações metabólicas, respiratórias e contraturas musculares, que podem culminar em lesões osteomusculoarticulares mais graves”.