“Salvação da Lavoura”, setor de Agronegócio é o que mais contratou em Franca

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de junho de 2018 às 09:10
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:49
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Indústria francana sofre forte queda de emprego e elimina 371 vagas apenas no mês de maio

Embora Franca tenha um saldo positivo de 5.929 vagas de emprego criadas em 2018, os números de maio são para se esquecer: a indústria francana sofreu forte queda e foi a responsável pelo saldo negativo entre contratações e demissões no mercado de trabalho de Franca, segundo mostram dados do CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados divulgados ontem, quarta-feira (20). 

A cidade teve saldo negativo de 94 vagas (a indústria foi a que mais perdeu), mas o número para baixo foi contrabalançado e só não foi maior por conta da excelente performance da Agropecuária (principalmente por causa do início da safra de café).

No mês de maio a Indústria de transformação em Franca sofreu queda drástica no número de trabalhadores com carteira assinada, com a eliminação de 371 postos de trabalho. 

Compõe o grupo da Industria de Transformação, segundo o CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho, o setor de calçados, o forte da indústria francana, que apresentou saldo negativo de 352 vagas (1.108 contratações e 1.400 demissões). 

A Construção Civil, que apresentou oferta crescente de janeiro a abril, também mostrou queda em maio, com menos 24 empregos (177 contratações e 201 demissões). 

Os desligamentos em outro setor que mostra recuperação em 2018 foram menores que as admissões em maio: o Comércio teve 925 contra 937, com saldo positivo no mês de 12 postos de trabalho. 

O setor de Serviços imitou o Comércio e também teve saldo positivo de 12 vagas em maio: 934 contratações e 922 desligamentos. 

As contratações na Administração Pública tiveram saldo positivo de 4 empregos, admitindo 13 e desligando 9 empregados em maio. 

AGROPECUÁRIA “SALVA A LAVOURA”

Se a greve dos caminhoneiros potencializou as dificuldades de setores como a indústria (por falta de matéria-prima), o do comércio (por falta de produtos em estoque) e o de serviços (por falta do que consertar, montar, transportar, instalar), a Agropecuária pode ter “salvo a lavoura” por conta do início da safra de café. 

O setor foi o único que registrou saldo positivo significativo em Franca durante o mês de maio, segundo o CAGED, 

Em maio o Agronegócio propiciou 358 contratações contra apenas 60 demissões, com saldo positivo, portanto, de 258 vagas. 

O número do Agronegócio contrabalançou, mas não impediu que maio tivesse um saldo negativo, com o corte de 94 empregos. 

O saldo, porém, em Franca, continua positivo. De janeiro a maio foram contratadas 22.248 e foram desligadas do trabalho com carteira assinada, 16.314. 

A cidade, assim, comemora o saldo positivo de quase 6 mil empregos gerados em 2018 (exatamente 5.929). 

Mas como mostraram os números de maio, é sempre bom ficar com “um pé atrás”, pois nem sempre a Agropecuária estará em condições de, literalmente, “salvar a lavoura”. 


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