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Você tem controle remoto, celular velho e pilhas enferrujadas guardadas na gaveta? Entenda o problema de acumular lixo eletrônico e saiba como descartá-los corretamente

Parece inofensivo, mas guardar eletrônicos velhos é um grande problema para o meio ambiente – foto Arquivo
Esquecer um celular antigo na gaveta, acumular carregadores que não servem mais, não descartar controle remoto que não funcionam e guardar pilhas enferrujadas pode parecer inofensivo, mas esse hábito contribui para um problema ambiental crescente: o lixo eletrônico.
Quase metade dos brasileiros (49%) não sabe como fazer o descarte correto desses itens, segundo a Descarbonize Soluções.
No Dia Mundial da Reciclagem (17), você vai saber por que é hora de esvaziar as gavetas e dar destino certo aos seus eletrônicos antigos, bem como os perigos de guardar esses tech sem utilidade.
Ainda de acordo com o levantamento, muitos dos aparelhos são guardados de forma acidental, esquecidos, mas uma parcela ainda maior só não é dispensada por falta de informação, podendo acarretar em diversos problemas.
No entanto, existe uma solução simples: a reciclagem. A seguir confira um guia especial para te ajudar a entender como lidar melhor com o lixo eletrônico.
Outra consequência da destinação inadequada é a perda e desperdício de materiais importantes para a construção de novos produtos.
Enquanto a reciclagem garante o retorno de elementos essenciais para a escala industrial, o descarte inconsequente exige uma nova extração da matéria-prima, o que exige maiores gastos das empresas e uma agressão maior ao meio ambiente.
A prática também pode levar a dificuldade em encontrar certos dispositivos nas lojas, especialmente aqueles que dependem de semicondutores, mercado que sofreu uma forte crise nos últimos anos, segundo a Forbes.
O Brasil no ranking do lixo eletrônico
Sem grande empenho de autoridades e empresas do segmento em solucionar a questão, o problema do aumento descontrolado de lixo eletrônico avança silenciosamente no país.
O Brasil já é o 5º maior produtor de e-lixo do mundo, com uma geração de 2,4 milhões de toneladas ao ano. Desses descartes, apenas 3% acabam sendo reciclados.
Nas Américas, o gigante latino só perde para os Estados Unidos, um marco que não é motivo algum de orgulho.
De acordo com a pesquisa, as principais causas para uma classificação tão elevada no ranking envolvem a maneira com que os brasileiros consomem tecnologia e dificuldades de acesso ao descarte adequado de componentes.
Cerca de 75% dos entrevistados admitiram que compram novos eletrônicos mesmo quando os dispositivos atuais, que já possuem, ainda funcionam de maneira adequada.
Isso revela que a maior motivação por trás das compras de eletrônicos não é a funcionalidade ou necessidade, impulsionados pela prática abusiva da indústria de obsolescência programada, mas sim um impulso consumista em seguir tendências.
Quase 30% dos brasileiros trocam de aparelhos com frequência só para acompanhar a moda, o que gera um lixo eletrônico que sequer é percebido.
Afinal, a mesma pesquisa mostra que 89% dos consumidores não consideram a geração de lixo eletrônico no momento da troca do aparelho. Assim, consumidores contribuem para o aumento da poluição sem perceber.
As dificuldades estruturais de acesso a pontos de coleta também não podem ser menosprezadas.
A falta de locais especializados foi apontada como a principal dificuldade dos cidadãos na reciclagem de lixo eletrônico (73%), seguido da falta de informação em onde e como realizar esse descarte (49%).
A dificuldade em transportar os produtos até os pontos de coleta também atinge quase um quarto dos entrevistados (23%). Problemas que precisam ser solucionados em conjunto pelo poder público e pela iniciativa privada.
O que fazer com eles?
De televisores quebrados a controles de videogame, se usa pilha ou vai à tomada, é um lixo eletrônico e deve ser reciclado. As opções seguras de descarte podem ser mais práticas do que se imagina.
Muitos condomínios ao redor do Brasil mantêm áreas próprias de descartes para pilhas e baterias de notebooks, componentes que mais geram dúvida dos consumidores em como se descartar adequadamente (54%).
Lojas de departamento e supermercado também costumam realizar este serviço.
Outra opção é entrar em contato com cooperativas de catadores de lixo locais. A grande maioria oferece serviços gratuitos de coleta própria.
Fonte: TechTudo