Perda de cabelo e calvície: veja o que funciona e o que não funciona

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 2 de dezembro de 2023 às 21:00
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Confira a diferença entre os tipos de alopecia e os principais medicamentos utilizados para tratar a condição de forma eficaz

calvície

Queda de cabelo leva muita gente a buscar soluções milagrosas – foto Arquivo

 

A queda de cabelo é uma preocupação comum que leva muita gente a buscar as mais diversas soluções.

No entanto, o mercado de produtos de beleza está cheio de tratamentos duvidosos que prometem resultados incríveis para os calvos, mas que geralmente não cumprem o que garantem.

No caso da alopecia androgenética, aquele tipo que herdamos de nossos pais e avós, existem, porém, opções eficazes, como o minoxidil, disponível como loção para aplicação direta no couro cabeludo, e a finasterida, que é tomada por via oral.

Para a alopecia areata, doença autoimune que provoca queda capilar, a Anvisa aprovou recentemente um medicamento: o baricitinibe, conhecido pelo nome comercial de Olumiant.

E esqueça aquela história de que alguns alimentos podem impedir ou prevenir a calvície ou que shampoos antiqueda são eficazes contra a perda de cabelo.

E atenção: o ideal sempre é procurar atendimento médico especializado para definir o diagnóstico.

Confira o que funciona e o que não funciona para queda de cabelo

O que funciona para alopecia androgenética, conhecida como calvície:

FINASTERIDA:

Como age: Ela atua inibindo uma série de enzimas chamadas 5-alfa-redutase, impedindo o corpo de converter a testosterona em DHT, um hormônio que leva ao crescimento da próstata e à calvície.

Está entre os tratamentos mais comuns para a calvície masculina, mas pode ter como efeito colateral a impotência sexual.

É importante ressaltar que apenas uma pequena porcentagem de pacientes experimenta esses efeitos, com cerca de 2% dos homens relatando redução da libido e impotência como resultado do uso da finasterida.

Embora considerada rara, a disfunção sexual associada à finasterida inclui perda de desejo sexual, disfunção erétil e ejaculatória, e ainda há controvérsias sobre a persistência desses sintomas após a interrupção do medicamento, uma vez que não existem estudos conclusivos sobre o assunto.

O medicamento não é recomendado para a calvície feminina. Nas mulheres, os resultados não são tão consistentes e o remédio não é seguro durante a gestação.

MINOXIDIL:

Como age: Ele prolonga a fase de crescimento do ciclo do cabelo e mexe com a circulação sanguínea ao redor dos folículos capilares, entregando mais oxigênio e nutrientes aos fios.

O medicamento NÃO vai fazer crescer de volta aquele cabelo que você já perdeu. Ele funciona mais como um botão de pausa.

Ele é recomendado para o tratamento tanto de homens quanto de mulheres. Ao contrário da finasterida, o minoxidil não está relacionado à impotência sexual.

Minoxidil oral: O medicamento não tem registro da Anvisa no Brasil para uso contra a calvície. O uso oral do minoxidil tem gerado preocupações em razão dos potenciais riscos cardíacos.

Por esse motivo, a recomendação é que os pacientes busquem orientação médica adequada, evitando a automedicação.

O que funciona para alopecia areata, doença autoimune que provoca queda capilar:

BARICITINIBE (conhecido pelo nome comercial de Olumiant)

O medicamento é o primeiro tratamento sistemático para alopecia areata aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ele poderá ser administrado em pacientes adultos com o quadro grave da doença para o tratamento em todo o corpo, em vez de um local específico.

Como age: estudo chegou a comprovar pelo menos 80% de cobertura capilar do couro cabeludo em pacientes após 36 semanas de tratamento.

Preço: Já está disponível no mercado. Segundo a fabricante Eli Lilly do Brasil, a dosagem de 4 mg tem preço máximo ao consumidor (PMC) de R$ 5.648,25, sem impostos. Em farmácias on-line, porém, o preço de varejo do medicamento tende a ser mais caro.

*Informações G1