Envolvido em esquema de uniformes se entrega à Polícia durante Operação Dólos

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 9 de fevereiro de 2021 às 14:30
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Homem é de Ribeirão Preto e atuava como representante de empresas de uniformes e materiais escolares em processos licitatórios, segundo Ministério Público

Envolvido em fraudes na Educação está na cadeia do Guanabara -ele se entregou à polícia em Franca

Um investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) no âmbito da Operação Dólos se entregou à Polícia Civil na segunda-feira (8), em Franca (SP), onde vai ficar preso temporariamente na Cadeia Pública do Guanabara, segundo o G1.

O promotor Rafael Piola, do MP de Franca, explicou que o homem é de Ribeirão Preto (SP) e atuava como representante do grupo suspeito de fraudar licitações de uniformes e materiais escolares em prefeituras do estado de São Paulo. O desvio teria causado prejuízo de R$ 40 milhões aos cofres públicos.

Ainda segundo Piola, a promotoria pediu a prorrogação de mais cinco dias da prisão preventiva dos outros presos na operação, que se encerra na quinta-feira (11).

LIBERDADE

O Ministério Público também informou que o empresário José Ailton Gomes, preso Ribeirão Preto, foi solto.

A promotoria entendeu que não seria necessário mantê-lo preso para dar seguimento às investigações devido à forma que se dava a participação dele no esquema.

No dia em que a operação foi deflagrada, os promotores disseram que Gomes fazia parte do nicho de empresas parceiras e que ele fracionava as licitações para que todos os parceiros do grupo fraudulento, com sede em Orlândia (SP) e Itanhaém (SP), recebesse o valor destinado à contratação dos serviços.

Procurada, a defesa dele afirmou que vai se manifestar apenas nos autos do processo.

AÇÃO DO GAECO 

A Operação Dólos é um desdobramento da Operação Loki e apontou que o esquema de corrupção até então descoberto na Prefeitura de Orlândia em 2019 era mais abrangente do que o desvio apurado de R$ 14 milhões no município.

Deflagrada em 2 de fevereiro, a Dólos prendeu 14 suspeito de envolvimento no esquema, além de apreender documentos e aparelhos em 12 prefeituras de São Paulo e na casa de outras pessoas supostamente envolvidas.

MP APURA

Segundo as investigações, para vencer os contratos e combinar os valores das propostas, o grupo utilizava empresas em nome de funcionários e familiares, considerados laranjas, e que, na maioria das vezes, estavam no mesmo endereço.

Em alguns casos, as empresas nem existiam, mas, de acordo com o MP, parte da movimentação financeira do grupo circulava nas contas bancárias dessas firmas.

Para funcionar, o esquema contava com servidores públicos que atuavam a favor dos empresários dentro das prefeituras, segundo a promotoria.


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