Deixou a declaração para a última hora? Veja 5 dicas para não cair na malha fina

  • Robson Leite
  • Publicado em 30 de maio de 2021 às 16:30
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Para cair na malha fina, não há muito mistério: basta preencher a declaração do imposto de renda com alguma incorreção

Com o prazo de entrega do IRPF 2021 se encerrando (o limite é segunda-feira, dia 31), é comum que quem deixe para última hora se atrapalhe.

E, com isso, a chance de cair na malha fina aumenta consideravelmente.

Para cair na malha fina, não há muito mistério – basta preencher a declaração do imposto de renda com incorreções.

A Receita Federal avalia, em termos simplificados, se o que ela vai cobrar de você é realmente o que deve-se pagar (caso contrário o valor a mais é restituído).

Em resumo: seus dados devem estar minimamente corretos.

O órgão analisa o que foi apresentado com outras fontes – empresas, imobiliárias, bancos – e, caso encontre alguma irregularidade, a declaração é retida para uma investigação.

Essa apuração é chamada de malha fina.

Como não cair na malha fina

A Receita Federal não perdoa quem cai na malha fina.

O declarante ainda corre o risco de pagar entre 20% a 75% de multa sobre o total do imposto devido por conta de um erro que, às vezes, pode ser bobo.

Na correria da digitação, o contribuinte pode colocar um zero a mais ou a vírgula em um lugar indevido, por exemplo.

Quem já enviou o documento pode novamente avaliá-lo e corrigi-lo.

Para declarantes que ainda despacharam o IPRF, a dica para não cair na malha fina é tirar um tempo, levantar informações com calma e completar o documento com cuidado.

É possível fazer uma declaração retificadora em caso de erros, sem pagar e, inclusive, corrigir por até cinco anos”, aponta Vieira. “Mas o ideal é não fazer nenhum tipo de ajuste, para poupar tempo. Se necessário, realize as correções o mais rápido possível, antes do prazo final para a entrega da declaração.”

Veja 5 dicas práticas do advogado para não cair na malha fina.​

Declarar os mesmos dependentes em mais de um documento

O casal deve entrar em consenso para saber em qual declaração colocar os filhos, para não gerar divergências quando a receita avaliar.

Apresentar variação patrimonial incompatível com a renda

A Receita vai levar em consideração o padrão de gasto e de consumo no último ano.

Portanto tudo que estiver sendo declarado deve estar dentro da lógica.

Por exemplo, se a renda da pessoa foi de R$40 mil no ano, mas há no informe a aquisição de uma casa de R$100 mil à vista, certamente chamará atenção do fisco.

Não declarar o aluguel pago

É dever do inquilino declarar os aluguéis que foram pagos no último ano. A omissão pode gerar multa de 20% sobre o valor efetuado – taxas pagas, mas que não foram declaradas.

Mal lançamento de gastos com a saúde

Procure adicionar os gastos que consiga comprovar posteriormente.

Exemplos: recibos ou notas fiscais de médicos, dentistas e hospitais.

Remédios só são deduzidos se incluídos em uma conta de internação hospitalar.

Omissão de rendimentos

Outro erro é não informar todos os ganhos.

Por exemplo, se a pessoa trabalhou por um período de maneira temporária ou autônoma, independentemente do valor, é preciso declarar.

Se o declarante ficou desempregado, ele precisa entrar em contato com a empresa antiga, pegar o informe e também acrescentar o que recebeu.

Aos dependentes, devem se atentar a declarar o que são recebidos por eles – pensão, aposentadoria ou bolsas de estudos.

Com essas dicas, fica mais difícil cair na malha fina.


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