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Em geral, qualidade dos grãos está melhor, em comparação com os primeiros lotes deste ano
Favorecida pelo clima mais seco, a colheita de café arábica na safra 2017/2018 tem avançado no Brasil, mas, ao contrário do que era esperado, a liquidez segue baixa no mercado interno, uma vez que a retração de compradores e vendedores manteve o ritmo dos negócios muito lento.
As informações são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP.
De acordo com relatório divulgado pela instituição, além das temperaturas baixas atrasarem o processamento do grão, limitando a oferta do mercado à vista, muitos produtores têm se concentrado nas entregas futuras da variedade.
Fora que a qualidade dos grãos também tem chamado a atenção do mercado negativamente, por terem sido qualificados, no início da colheita, como bebida rio.
“Em geral, a qualidade dos grãos está melhor, em comparação com os primeiros lotes, que foram classificados como bebida rio devido às chuvas em maio e junho. No entanto, foram apresentados peneira menor na maioria das regiões e também há incidência de broca”, informou o Cepea.
A consultoria Safras & Mercado apontou na semana passada que a colheita de café no país estava em 73% até o dia 25 de julho. Levando em conta a estimativa do órgão de 51,1 milhões de sacas de 60 kg de arábica e conilon, é apontado que já foram colhidas 37,06 milhões de sacas.
A Companhia Nacional de Abastecimento(Conab) aponta a produção neste ano em 45,56 milhões de sacas.
Para o Cepea, o volume menor colhido nesta safra está dentro das expectativas, já que o ciclo é de bienalidade negativa.
“No entanto, os agentes temem que a oferta possa reduzir ainda mais no final da safra”, reportou. Na última terça-feira (01), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 460,07 e queda de 0,93%.