Alvo de procedimento do MP-SP, Doria diz que viaja com dinheiro e avião dele

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de setembro de 2017 às 08:01
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:21
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Ministério Público abriu procedimento e deu 20 dias para o tucano explicar viagens pelo país.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), garantiu nesta segunda-feira (18) que usa recursos próprios para viajar pelas cidades do país. “Viajo com meu dinheiro, com meu avião”, ressaltou ele, em vídeo divulgado antes do embarque para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. 

Na semana passada, o Ministério Público (MP-SP) abriu um procedimento preparatório de inquérito e deu 20 dias para o tucano explicar os deslocamentos pelo país.

— Viajo com meu dinheiro, com meu avião, não uso recurso público para fazer isso. Faço de forma dinâmica e objetiva, fazendo o melhor por São Paulo — reforçou o prefeito.

Nas imagens, Doria aparece na frente de seu jato, prestes a embarcar à capital gaúcha, onde tinha encontro com o prefeito Nelson Marchezan Junior (PSDB-SP). O tucano fez questão de frisar que a gravação não era voltada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), mas sim uma resposta ao PT, que pediu o detalhamento dos gastos das viagens dele a Fortaleza, Natal, Salvador e Curitiba.

— Antes que os maldosos digam que esta postagem é para alfinetar o governador Geraldo Alckmin, não é. A relação com Geraldo Alckmin foi construída à base de muito respeito e amizade. Assim permanecerá. Minha resposta é para o PT, que não gosta de trabalhar e reclama de quem trabalha — destacou o prefeito.

Na ocasião da abertura do procedimento preparatório, o promotor Marcelo Milani destacou em seu despacho que a representação se baseia em reportagens que tratam da ausência do prefeito na gestão da cidade em horário de expediente e com custos ao erário. Ele ressaltou que “o representado controla uma das maiores cidades do mundo por via de seu smartphone”.

O despacho, datado de 6 de setembro, dava 20 dias para a explicação. Doria já havia ressaltado que custeia as próprias viagens e negado que os trajetos sejam parte de uma agenda presidencial. Os petistas alegam que o tucano se deslocou pelo Brasil “com status de candidato à presidência”.


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