Moradores de rua seguem ocupando áreas públicas e incomodando a população

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 07:07
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:18
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Enquanto o poder público não age, mendigos ocupam pontes, pedem e ameaçam nos semáforos

​Todos têm o direito constitucional de ir e vir. Porém, não está incluído o direito de invadir o espaço e a privacidade dos demais. A quantidade de moradores de rua em Franca e a forma como alguns deles procedem têm sido um tormento para a população da cidade.

A presença de andarilhos pode ser vista principalmente nas regiões centrais. Próximo ao centro popular de compras, no Centro, é comum moradores de rua dormirem, xingarem e até urinarem diante das pessoas. 

Em outros pontos da cidade, como as pontes nas marginais Bagres e Cubatão, os moradores de rua fizeram moradias improvisadas e vivem em condições subumanas, em meio ao lixo e a animais como baratas, ratos e outros.

A permissividade do atual governo é nítida. Há tempos, o prefeito Gilson de Souza (DEM) e o secretário de Ação Social, Tico, não fornecem dados sobre ações que foram anunciadas, como busca ativa e consultório de rua. É interessante a população saber o que o poder público tem feito em relação aos moradores de rua.

É comum se dizer que órgãos como Ministério Público e Defensoria Pública não permitem ações mais firmes pela Prefeitura. Porém, a lei está acima de qualquer um deles e dá o direito do município requisitar, na Justiça, a reintegração de próprios apropriados por andarilhos ou quem quer que seja e isso, até onde se sabe, não tem ocorrido.

Além da questão da moradia, irregular e subumana, dos moradores de rua em próprios e espaços públicos, há ainda aqueles que praticam crimes. É comum, por exemplo, na porta de restaurantes e nos semáforos andarilhos pedirem dinheiro.

Não há como impedir esta prática de mendicância, porém, em outros casos, eles ameaçam e coagem as pessoas, especialmente jovens, mulheres desacompanhadas e idosos. Casos de agressão já foram registrados em Franca, praticados por moradores de rua, mas também furtos, roubos e até estupro. 

Também é comum o envolvimento com o consumo e tráfico de entorpecentes por parte de moradores de rua. A questão é melindrosa, isso é fato. Mas omitir-se à sombra do MP ou da Defensoria não é, certamente, a postura que o francano espera de seus representantes políticos.


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