Espondilolistese, uma das causas de dores na coluna

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 16:40
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:35
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Olá pessoal, hoje trago um novo assunto bem comum entre as causas de dores na coluna lombar, principalmente. É a espondilolistese.

O nome vem do grego Espondilo (vértebra) listese (escorregamento), portanto se trata de um deslizamento, escorregamento de uma vértebra sobre outra. Isso pode gerar muito incômodo e dores localizadas ou irradiadas, dependendo de onde ocorre a listese, sendo este mais comumente localizado na coluna lombar. Entre outros fatores que contribuem para o maior acometimento da coluna lombar, está no fato de ocorrer nesse segmento da curvatura lordótica, que naturalmente projeta o corpo vertebral anteriormente.

A espondilolistese pode ser classificada em até 5 graus, dependendo da intensidade do escorregamento, sendo que a primeira indica apenas uma leve anteriorização de um corpo vertebral sobre outro e a última uma ptose, isto é, uma luxação de uma vértebra sobre a outra, o que poderia acarretar inclusive a paraplegia.

A espondilolistese pode ser de origem displásica (defeito de formação); ístmica (defeito vertebral por estresse mecânico); degenerativa (causada pela adaptação mecânica ao processo de envelhecimento); traumática (causada por quedas ou traumas); ou patológicas (tumores).

As mais comuns são as ístmicas e as degenerativas, sendo essas últimas as que mais aparecem no consultório.

No tratamento deve ser considerado que até o grau 2 de escorregamento o prognóstico é muito bom, sendo que os sintomas de paresia e parestesia ainda se apresentam em grau leve e a dor pode ser eliminada após algumas sessões de osteopatia associada ao RPG.

O fortalecimento da região do CORE aumenta a resistência às oscilações vertebrais o que ajuda a “firmar” a vértebra em uma posição de maior estabilidade, mais difícil de se movimentar mediante solicitações ambientais.

O tratamento cirúrgico deve ser solicitado quando os sintomas não cessam ou quando o grau de escorregamento é superior a 4. Nesse caso faz-se uma fixação das vértebras conhecido como artrodese e a mobilidade é reduzida drasticamente, comprometendo a qualidade de vida do paciente. Portanto, é necessáro que aja consciência antes de encarar uma cirurgia desse porte e a fisioterapia tem o papel fundamental de prorrogar o quanto puder essa opção de risco.

Espero ter ajudado em algum esclarecimento e qualquer dúvida entrem em contato no Facebook (Frederico Fisioterapia)!!

*Esta coluna é semanal e atualizada às sextas-feiras.


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