Em ano eleitoral no Brasil e EUA, Facebook aperta cerco contra vídeos manipulados

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  • Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 13:29
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:13
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Rede promete remover conteúdo que for “editado ou sintetizado” e que possa enganar os usuários

Em 2020 haverá eleições presidenciais e legislativas nos Estados Unidos e municipais no Brasil.

Como o risco de uma nova onda de fake news e de manipulação das redes sociais é grande, o Facebook desta vez decidiu se antecipar e elaborou uma política para erradicar vídeos manipulados, conhecidos como deepfakes.

Que política é essa? O Facebook, maior rede social do mundo, prometeu remover o conteúdo que for “editado ou sintetizado” além dos ajustes de qualidade ou clareza e que possa enganar os usuários. 

No entanto o Facebook destacou que as novas regras não se aplicarão ao conteúdo de paródia ou sátira.

Parceria com a Reuters e outras empresas: Os vídeos que não forem imediatamente removidos segundo os critérios internos da empresa ainda poderão ser avaliados por mais de 50 organizações com as quais a rede é associada em todo mundo. O Facebook vai colaborar com a agência de notícias Reuters, que tem estudos e projetos para mitigar a proliferação dos “fake vídeos”, para ajudar as redações a identificarem deepfakes por meio de cursos on-line gratuitos.

O que as demais empresas farão? O Google, controlado pela Alphabet, está restringindo informações equivocadas e banindo deepfakes em anúncios após críticas de que empresas de internet veicularam anúncios do presidente dos EUA, Donald Trump, que eram intencionalmente enganosos.

Que tipos de vídeos representam uma ameaça? Por exemplo, um vídeo divulgado no ano passado com a presidente da Câmara de Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, tinha sido editado para parecer que seu discurso era desconexo e viralizou nas redes sociais. 

Tecnicamente, o vídeo não era um deepfake, ou seja, completamente manipulado, mas mostrou ao Facebook os tipos de informações equivocadas que a rede enfrentará nas eleições de 2020. O Facebook reconheceu que foi muito lento para reduzir o alcance do vídeo.

(Com Bloomberg)

*6Minutos


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