compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Aumento do endividamento, em meio à inflação e ao desemprego, preocupa a CNC, porque também há aumento da inadimplência
A parcela dos que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso passou de 10,8% em junho para 10,9% em julho
A proporção de famílias com dívidas no País alcançou em julho 71,4% do total de entrevistados na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
O levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou alta de 1,7 ponto porcentual em relação a junho, renovando o recorde da série histórica.
Segundo uma reportagem do Estadão Conteúdo, citada pelo portal 6 Minutos, houve alta de 4,0% em relação a julho de 2020, maior variação nessa base de comparação desde dezembro de 2019.
O crescimento do endividamento, em meio à inflação pressionada e ao mercado de trabalho fragilizado, preocupa a CNC, principalmente porque houve aumento da inadimplência na Peic de julho.
O total de brasileiros com dívidas ou contas em atraso aumentou pelo terceiro mês seguido, alcançando 25,6% das famílias – 0,5% acima de junho, mas 0,7% abaixo de julho de 2020.
Sem condições de pagar
A parcela dos consumidores que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, o que sinaliza para continuidade da inadimplência, passou de 10,8% em junho para 10,9% em julho, 1,1% abaixo do nível registrado em igual mês de 2020.
O tempo de atraso no pagamento das dívidas também vem crescendo, reflexo das dificuldades enfrentadas pelas famílias na faixa de menor renda, em especial, para quitarem seus compromissos financeiros em dia.
O cartão de crédito se manteve como principal forma de endividamento. A proporção de endividados no cartão de crédito também renovou a máxima da série histórica, chegando a 82,7%.
A entidade demonstrou preocupação com o ciclo de elevação dos juros, após o Banco Central (BC) aumentar a taxa básica Selic de 4,25% ao ano para 5,25% ao ano, em decisão anunciada na quarta-feira (04)