Preocupação com clima faz café subir mais de 250 pontos em Nova Iorque

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de outubro de 2020 às 12:42
  • Modificado em 29 de outubro de 2020 às 20:27
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Excesso de chuva no Vietnã também chama atenção e conilon ganha mais de US$ 20 por tonelada

​Após várias sessões de baixas, o mercado futuro do café tipo arábica encerrou o pregão desta quinta-feira (22) com valorização acima dos 200 pontos. 

O dia começou com variações técnicas, mas as condições do clima no Brasil voltaram a dar suporte de alta no exterior. 

Dezembro/20 teve alta de 255 pontos, valendo 106,70 cents/lbp, março/21 subiu 240 pontos, negociado por 109,40 cents/lbp, maio/21 teve alta de 245 pontos, valendo 111,10 cents/lbp e julho/21 teve alta de 250 pontos, valendo 112,65 cents/lbp. 

“Os preços do café subiram na quinta-feira, com o conilon em uma nova alta de 2 semanas. As previsões de chuvas limitadas no Brasil geraram escassez de café arábica”, destacou o site internacional Barchart em sua análise diária. 

Produtores de café arábica no Brasil seguem aguardando o retorno das chuvas, que segundo a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) deve acontecer nos próximos dias. 

O maior produtor de café do mundo enfrenta o maior déficit hídrico dos últimos anos e já começa a safra 21 com grande potencial de baixa. Vale lembrar que o próximo ano já é de ciclo baixo para a produção brasileira. 

O mercado físico acompanhou o exterior e também teve um dia de valorização nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,81%n em Guaxupé/MG, valendo R$ 563,00, Poços de Caldas/MG registrou alta de 0,40%, negociado por R$ 502,00, Patrocínio/MG teve alta de 0,94%, valendo R$ 535,00 e Araguarí/MG registrou alta de 0,92%, valendo R$ 550,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 1,68% em Guaxupé/MG, valendo R$ 605,00, Poços de Caldas/MG registrou valorização de 0,36%, negociado por R$ 552,00, Patrocínio/MG teve alta de 0,86%, negociado por R$ 585,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 0,84%, valendo R$ 598,00.

Se no Brasil a falta de água impulsionou os preços, para o café tipo conilon o excesso de chuvas no Vietnã começam a preocupar a produção maior produtor de conilon do mundo. Novembro/20 teve alta de US$ 26 por tonelada, vendo US$ 1276, janeiro/21 teve alta de US$ 28 por tonelada, negociado por US$ 1307, março/21 teve valorização de US$ 24 por tonelada, valendo US$ 1313 e maio/21 subiu US$ 1327.

“O Robusta alcançou uma alta de 2 semanas hoje, com a preocupação de que as fortes chuvas possam atrasar a colheita de café no Vietnã, o maior produtor mundial de café conilon”, afirmou o Barchart. Vale lembrar que o mercado já observa os efeitos do La Niña para a região e que o excesso de chuva pode atrasar a colheita do café em até um mês, afetando assim a qualidade do café vietnamit

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