No centro de uma polêmica, só o lockdown, sem outras ações, começa a ser questionado

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 17 de junho de 2021 às 18:00
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Enquanto Franca decide afrouxar as restrições, outras cidades recuam e decretam o lockdown para evitar o colapso na saúde

Enquanto Franca afrouxa as restrições relativas à pandemia, outras cidades do interior paulista estão recuando e apelando ao lockdown diante da falta de estrutura hospitalar e do alto número de casos de covid.

São os casos, por exemplo, de Catanduva e São José do Rio Preto. Araraquara, que a exemplo de Franca passou por lockdown, tinha flexibilizado, mas agora determinou o fechamento de tudo outra vez por 8 dias, talvez com maior rigor, porque vai fechar até postos de combustíveis.

Em Franca, as medidas da Prefeitura têm causado polêmica. Há menos de um mês, foi decretado o fechamento total da cidade por 15 dias em razão da gravidade da pandemia.

No final de semana, passado o lockdown, a Prefeitura colocou Franca numa situação idêntica à fase vermelha.

Fase vermelha

Na prática, liberou o delivery e o takeway. Agora, com o decreto que passou a vigor nesta quinta-feira (17), flexibilizou ainda mais.

A população já pode frequentar shoppings, lojas no centro e bairros, supermercados, padarias, restaurantes, etc. A única medida que ficou do lockdown foi o toque de recolher, mas começando as 22h.

Porém, as unidade públicas de saúde seguem com a capacidade tomada e permanecem as filas de espera para que os francanos recebam o atendimento adequado.

Segundo números desta quarta-feira, 52 pessoas aguardavam vaga em Franca para os tratamentos indicados pelos médicos.

Fila de espera

Destes, 20 esperavam leito de UTI Covid, num dos estágios mais graves da covid. Outros 32 pacientes estão  à espera de vaga de enfermaria.

Em Franca, a Prefeitura diz que o que determina o procedimento são os números. Seja na hora de decretar lockdown, de passar para a fase vermelha ou para flexibilizar mais, como agora.

Mas, na prática, os números de contaminação e internação em Franca ainda são ruins e essa sensação de insegurança não é boa para ninguém.

Nem no aspecto político e muito menos no lado da saúde pública, como a prevenção: existe o temor de ser exposto ao vírus e, sendo contagiado, não ter como se tratar adequadamente.


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