Meio político francano já se movimenta para eleições de deputados. Analise os nomes

  • Caio Mignone
  • Publicado em 9 de março de 2021 às 07:30
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Passado o pleito municipal, começam movimentações para eleição de deputados, sem tempo para acomodações. Setor político já pensa nos nomes

A política é composta por períodos cíclicos. Mal passou a eleição de prefeito – com a eleição de Alexandre Ferreira – e vem à tona agora as primeiras movimentações para a corrida à Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

E grande tem sido a correria, mesmo faltando um ano e meio para as eleições. Nada que o eleitor em geral sinta, mas são movimentações diárias de bastidores no sentido de se garantir lugar ou de conquistar uma cadeira nos parlamentos mais importantes do país.

Em uma série de matérias, o Jornal da Franca fará uma análise geral da disputa.

Primeiramente, para deputados estaduais, depois para deputados federais e, posteriormente, traçará o perfil de cada um dos prováveis postulantes – ou dos principais nomes no cenário atual.

Esta abordagem de abertura traz o provável quadro de postulantes à vaga de deputado estadual com base eleitoral em Franca.

Atualmente, a cidade conta com dois deputados estaduais – a Delegada Graciela e Roberto Engler, respectivamente, no primeiro e no oitavo mandato, e candidatos naturais à reeleição.

Graciela bateu 50 mil votos na eleição passada, apenas em Franca, e começou o mandato de forma acelerada, anunciando recursos de emendas parlamentares para Franca e várias cidades da região.

Conseguiu ampliar a participação de seu partido, o PL, nos municípios vizinhos e em outros nem tão vizinhos assim.

A deputada teve dois projetos de lei aprovados, ambos em defesa da mulher, seu principal nicho de atuação política.

Mas também é nítido que o mandato de Graciela teve o ritmo reduzido e vem sendo prejudicado pela pandemia, que modificou todo o eixo administrativo do Estado de São Paulo, mesmo a deputada fazendo parte da base do governo de João Dória.

Roberto Engler está entre os deputados mais antigos e vitoriosos da Assembleia Legislativa. Assim como sua colega de plenário, não conseguiu repetir a atuação dos mandatos anteriores.

Pela pandemia, que o afastou das sessões presenciais desde março do ano passado, e pelo fato de não fazer parte da base de Dória.

Nos bastidores, o comentário é que não disputará um novo mandato. Ele mesmo não adiantou nada a respeito do que fará ou não nas próximas eleições.

Porém, com um capital de 70 mil votos na última eleição, sendo 24 mil somente em Franca, o deputado não deverá ficar totalmente fora da disputa.

Ao que se evidencia, Engler poderá apoiar candidatos de Franca, caso realmente não entre na disputa.

Os favoritos seriam Flávia Lancha, para deputada federal, e o vereador Daniel Bassi para deputado estadual.

A proximidade do deputado com Flávia é clara, tanto que a apoiou para prefeita de Franca.

Flávia Lancha não adiantou sua posição a respeito das próximas eleições. O máximo que se ouve é que está analisando todos os cenários.

Tendo em vista o seu balaio cheio de votos, pode escolher o que quiser, mas tudo indica que se for pela sua preferência deverá ser candidata a federal.

No caso de Daniel Bassi, a ligação com o deputado é ainda mais forte. O agora vereador foi assessor de Engler por mais de três anos e contou com seu apoio na disputa de uma cadeira na Câmara Municipal.

Bassi teve 2600 votos, sendo o quarto mais votado de Franca e não esconde o vínculo com Engler.

Ao contrário, faz questão de ressaltar a proximidade com o deputado, a quem citou no discurso de posse e em várias outras oportunidades, na Câmara, e em suas postagens em redes sociais.

Engler também deixa clara a simpatia por Bassi, que vem despontando, apesar da juventude, como uma das promissoras lideranças políticas de Franca e, mesmo sem tocar no assunto, ocupando naturalmente espaço no cenário político.

Colega de partido de Bassi, o tucano Kaká também pode entrar no páreo. Foi candidato na última eleição, em dobrada com Adermis Marini. Obteve 17 mil votos em Franca.

Porém, dois anos depois, não conseguiu manter o desempenho para vereador, vendo sua votação despencar de seis mil votos, em 2016, para pouco mais de 1,4 mil e, por pouco, não viu escapar a reeleição.

Adermis, aliás, pode voltar ao cenário no ano que vem, mas para a disputa de deputado federal, para a qual obteve 32 mil votos em Franca em 2018.

Ex-deputado, ex-prefeito e sempre candidato, Gilson de Souza também estará no páreo e mesmo tendo sofrido dura derrota nas últimas eleições – com Gilsinho para deputado federal, em 2018, e ele próprio com uma melancólica sexta colocação para prefeito, no ano passado – poderá arrancar votos preciosos dos adversários, sobretudo nas classes populares de Franca.

As outras forças

As novas regras eleitorais, onde não há mais coligação em eleições proporcionais, deverão resultar em diversas candidaturas avulsas.

Um dos nomes praticamente certos é do ex-jogador de basquete e atual subsecretário estadual de esportes, Marcos Pegolo, o Chuí.

Na última eleição, Chuí conquistou 5,4 mil votos em Franca para estadual. Tem aparecido bastante nas ações do governo estadual, tem seu público cativo, principalmente no universo esportivo.

Outro nome certo deverá ser do agricultor Fábio Meirelles Neto, do PSL, que poderá trabalhar para somar votos para o antigo partido do presidente Jair Bolsonaro na cidade, uma vez que a mais votada, Janaína Paschoal, não deve manter os dez mil votos obtidos em Franca no último pleito.

E mais possíveis candidatos

Ainda há outros nomes orbitando em torno da disputa. Um deles é o comerciante Odário Costa (Cidadania).

Outro nome sempre lembrado é o da advogada Cristiany Castro, que estava no PL de São José da Bela Vista.

Representante do movimento apaeano, Cristiany Castro é secretária executiva da Frente Parlamentar Mista em Defesa das APAES e tem a simpatia por seu nome em muitas cidades do Estado de São Paulo.

O PMDB de Alexandre Ferreira deverá focar suas forças na disputa para deputado federal para somar votos para a legenda. Ainda não tem nome divulgado e se já o tem definido está mantendo em segredo.

O PT também não deve lançar estadual, uma vez que o vereador Gilson Pelizaro, que seria candidato natural, tem compromisso com a deputada Márcia Lia, de quem foi assessor.

Esta análise é feita muito mais com base em desempenho passado do que em projeções para o futuro. O que se faz é considerar o potencial de votos de cada um e qual a imagem ainda tem no eleitorado.

Muitos podem ser elogiados agora ou mesmo reprovados, mas o tempo é capaz de transformações.

Quem disputou as eleições passadas para prefeito ainda tem o nome em evidência e alguns têm potencial de voto que não se pode colocar de lado.

As análises dos partidos e as chances de cada um deverão ser levadas em consideração na hora da definição dos nomes e podem acontecer mudanças no cenário.


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