Análise mostra perspectivas imediatas da agricultura. Veja o que pode acontecer

  • Robson Leite
  • Publicado em 9 de abril de 2021 às 17:30
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Seguidas deteriorações em alguns indicadores da economia brasileira que atingem direta ou indiretamente a produção agropecuária do País

Indicadores da economia brasileira atingiram a produção agropecuária do país no mês de março

 

Março foi um mês de seguidas deteriorações para alguns indicadores da economia brasileira que atingem direta ou indiretamente a produção agropecuária do País.

O relatório Focus (Bacen) de 05 de abril traz expectativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2021 em 4,86% e, para 2022 em 3,61%.

O PIB (Produto Interno Bruto) deve fechar este ano com crescimento de 3,17% e 2,33% em 2022.

Já para a taxa Selic, são esperados 5% e 6%, respectivamente, e no câmbio, R$ 5,35 no final de 2021 e R$ 5,25 no final de 2022.

Além disso, o boletim Conab estima safra recorde de grãos para o ciclo 2020/21, com produção de 272,3 milhões de toneladas, 6% superior em relação ao ciclo passado; enquanto a área plantada deve totalizar 68,3 milhões de hectares (+3,6%).

Os cinco fatos do agro para acompanhar em abril são:

a) A colheita da primeira safra está praticamente encerrada. A preocupação agora é com o clima na segunda safra de milho, já que o plantio atrasou. Com o aperto na oferta mundial de grãos, os preços são pontos sensíveis na produção brasileira;

b) Demanda mundial: as importações na Ásia e outros países em carnes, grãos e demais produtos, além de um possível novo surto de peste suína africana na China a ser observado;

c) A gravíssima crise da Covid-19 no Brasil, o andamento do processo de vacinação, os mecanismos de apoio e a garantia de renda, e a performance consequente do mercado consumidor de alimentos e combustíveis;

d) As expectativas de plantios, áreas e produtividades da mega safra norte-americana. Qualquer problema climático será grave aos preços.

e) Para fechar, o Brasil terá uma área plantada de soja de 40 milhões de hectares, contra os atuais 38,5 milhões.

A produção deve ser de 141 milhões de toneladas (135 milhões nesta safra) das quais 87 milhões serão exportadas.

Nas ultimas cinco safras, a área cresceu quase 5 milhões de hectares. No caso do milho, a projeção é que a produção cresça para 114 milhões de toneladas em 20 milhões de hectares.

Para o algodão, a área voltará a ser de 1,6 milhão de hectares. É realmente um período de forte expansão, criando muitas oportunidades.

(Com informações do Agrolink)


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