Calçadistas comemoram decisão que destrava as exportações ao Equador

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 02:05
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:18
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No ano passado, mesmo com barreiras, os equatorianos importaram US$ 34 milhões dos brasileiros

​Foi no apagar das luzes de 2018, mais precisamente no dia 27 de dezembro, que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu liberar a importação de camarão do Equador, o que pode deve fim a uma barreira imposta a calçadistas brasileiros desde julho de 2017 e que causou prejuízos estimados em mais de US$ 20 milhões.

O presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, comemora o fato, que contou com atenção especial da entidade ao longo do último ano. 

“Como forma de retaliação à barreira de importação de camarões, o governo equatoriano vinha exigindo uma extensa lista de informações para verificação de origem do calçado brasileiro e uma taxa de garantia de 10% do valor do produto mais US$ 6 por par, o que, em muitos casos, acabava inviabilizando o processo”, explica Klein.

O dirigente acrescentou que a alegação para a barreira imposta ao camarão equatoriano era de que este representava risco de contaminação, o que já havia sido negado pelo próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “A questão ficou parada na Secretaria de Pesca e só retornou à pauta com a pressão dos calçadistas e com o apoio do senador Lasier Martins”, conta o executivo.

No ano passado, mesmo com os problemas das barreiras, os equatorianos importaram US$ 34 milhões em calçados brasileiros, 31% mais do que em 2017. “É um mercado muito forte e que com a resolução do entrave deve crescer ainda mais em 2019”, conclui Klein.


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