Inadimplência: Deagua tem R$ 1 milhão em contas atrasadas a receber

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  • Publicado em 9 de novembro de 2018 às 16:26
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:09
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Com prejuízo, Departamento de Esgoto e Água de Guaíra não tem verba para obras necessárias

Com inadimplência, Deagua perdeu totalmente sua capacidade de executar obras para melhorias da rede

Passando por um período financeiro crítico, quando tem que devolver valores considerados abusivos pela Justiça, o que reduziu para a metade a sua receita, o Deagua – Departamento de Esgoto e Água de Guaíra  – ainda amarga uma inadimplência que chega a casa dos R$ 1 milhão, que perfaz por si só um decréscimo de 1/3 dos recursos financeiros que a autarquia estimou para este ano.

Piorando a situação o Deagua demanda, urgentemente, de verba para recuperar uma das suas três fontes fornecedoras de água, o poço da avenida 5.  Naquela localidade o lençol freático baixou e a bomba foi danificada. Em resumo, para voltar a funcionar com sua capacidade usual a obra no poço custará meio milhão de reais. O poço parado provoca a falta de água para os bairros da região do Aniceto no horário de pico de consumo.

Mais ainda existem quilômetros de tubulação de amianto muito antiga que pode romper, e vem rompendo, a qualquer momento, gerando interrupção no fornecimento e transtornos à toda população.  No total são 8.000 metros de dutos a serem substituídos.

Sensível aos inconvenientes sofridos pela população, o Deagua está se empenhando em mitigar os efeitos dos rompimentos investindo na instalação e substituição de registros na sua rede para reduzir a área de intervenção, evitando que toda a cidade seja afetada durante os consertos emergenciais. O que ocorreu na quinta-feira, dia 8 de novembro, no bairro Miguel Fabiano, quando a equipe do Deagua teve que trabalhar sob intensa chuva reparando mais uma avaria nos dutos de cimento amianto daquela localidade.

Com todos estes entreveros o Deagua está colocando em execução um programa de recuperação de receita. Os devedores já foram notificados de forma extra-judicial, o próximo passo é fazer a execução da dívida, inserindo o nome dos inadimplentes nos órgãos de proteção de crédito e, se preciso, tomando a medida extrema que é o corte no fornecimento.

No entanto a intenção do departamento não é a de criar entraves para os seus usuários e assim solicita que os inadimplentes paguem as suas contas, mesmo porque, a água de Guaíra é uma das mais baratas na região.

“Se não conseguirmos receber as contas, o Deagua perde a capacidade de fazer, até, a manutenção corretiva na rede. Hoje só conseguimos manter a autarquia funcionando, primeiro porque trabalhamos com um quadro funcional muito enxuto e, depois, porque está se fazendo somente a manutenção corretiva. Só conserta quando estraga, com a situação financeira atual, o Deagua não tem mínima condição de investir nas obras estruturais que necessita” lamenta o diretor, Lucas Froner.


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