Vendas de Natal nos supermercados da região devem crescer até 2%

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  • Publicado em 6 de novembro de 2017 às 10:29
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:25
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Com relação aos preços, as perspectivas são de queda em diversas categorias de produtos

Itens mais comprados para o Natal devem estar mais baratos este ano (Foto: Reprodução)

As vendas dos supermercados paulistas para este Natal devem ter um crescimento real de 1,5% a 2% em relação ao ano passado, confirmando a recuperação da economia, ainda que lentamente, no Estado. Representando um incremento de 0,5% no PIB nacional, este faturamento é notícia positiva para todos os setores, já que a recuperação das vendas nos supermercados é um dos primeiros termômetros de melhora em uma crise.

“O setor acredita que haverá aumento das vendas, principalmente, porque as pessoas estão percebendo os preços mais estáveis nos últimos meses – houve quatro quedas seguidas na inflação medida pela APAS/FIPE – e o desemprego, ainda que devagar, também cai consistentemente: foi de 13,7% em janeiro para 12,6% em agosto”, explicou Rodrigo Mariano, economista da APAS.

A entidade ainda reforça o crescimento de vagas temporárias neste período, que favorecem a geração de renda e movimentam a economia.  “Para o Estado de São Paulo, a APAS prevê crescimento de 7,5% nos postos de trabalho temporários em supermercados. Em 2016, foram contratados 8.331 funcionários para os meses de novembro e dezembro. Neste ano, o número previsto é de nove mil e, deste total, a expectativa é de que 20%, cerca de 1.800 pessoas, seja contratada de forma definitiva”, completa Rodrigo.

Preço da cesta de Natal deve ficar estável em relação a 2016

Com relação aos preços, as perspectivas são de queda em diversas categorias de produtos, deixando os itens mais comprados para as festas de final de ano mais baratos ou estáveis. “Os preços em geral estão se comportando bem melhor em 2017, com variações baixas ou mesmo quedas interessantes de preço, especialmente nos panificados e aves, itens muito consumidos no Natal”, diz o economista Rodrigo Mariano.

O preço dos panificados, em que se inclui o panetone, teve variação de apenas 0,93%, no acumulado de janeiro a setembro de 2017, e de 1,63% em 12 meses. A título de comparação, no acumulado do mesmo período de 2016 o aumento já estava em 6,40% e no acumulado de 12 meses daquele ano em 12,29%, muito acima da inflação geral.  

Apesar disso, há uma projeção de aumento nas vendas de panetones para este ano de 10% em relação a 2016. Para a APAS, a diversificação de sabores, bem como as ações no ponto de venda, são os fatores que impactarão positivamente. “O panetone tem vendas expressivas nesta época do ano. E neste Natal não será diferente. Além disso, o chocotone está ganhando espaço também nas prateleiras”, reforça Rodrigo.

Veja o comportamento de outros itens natalinos:

Peru: o preço do peru teve queda de 5,54% até setembro de 2017, indicando preços mais moderados para este ano, mas que devem se reverter nos meses de novembro e dezembro diante da sazonalidade de fim de ano. Ainda assim, o preço ficará estável em relação a 2016, razoável para o consumidor.

Chester: durante 2016, os preços se mantiveram no mesmo patamar. Por isso, para este ano a expectativa é de estabilidade.

Espumantes: em 2017, os espumantes registram alta de 3,62% de janeiro a setembro, menor que a elevação do ano anterior (8,21%). A expectativa é que os preços fechem, no acumulado do ano, em alta de 5%, bem inferior aos 11% de 2016.

Azeite e outros condimentos: o preço do azeite caiu 2,42% de janeiro a setembro de 2017, sendo que, em 2016, no mesmo período foi observado aumento em 18,20%. Nos meses de novembro e dezembro deve ocorrer leve alta pela sazonalidade natural de fim de ano: de 3% a 5% no acumulado de dezembro.

Panetones: a projeção de aumento nas vendas de panetone para este ano é de 10% em relação a 2016.

Mais sobre vagas temporárias em supermercados

A APAS prevê aumento de cerca de 4% no número de vagas em todo o Brasil, em relação ao mesmo período do ano anterior.

No Brasil, em 2016, foram contratados 21.330 funcionários temporários para os meses de novembro e dezembro. Já para este ano, o número estimado pela entidade é de 22 mil e, deste total, a expectativa é de que 20%, cerca de 4.400 pessoas, seja contratada de forma definitiva.  

Ano

Contratações

2017

22.000

2016

21.300

2015

22.771

2014

29.509

2013

23.928

2012

34.849

2011

27.275

2010

37.854

Já para o Estado de São Paulo, a estimativa da APAS é ainda mais otimista e prevê crescimento de 7,5%. Em 2016, foram contratados 8.331 funcionários temporários para os meses de novembro e dezembro. Para este ano, o número previsto é de nove mil e, deste total, a expectativa é de que 20%, cerca de 1.800 pessoas, seja contratada de forma definitiva.

Ano

Contratações

2017

9.000

2016

8.331

2015

6.806

2014

8.111

2013

7.247

2012

11.031

2011

6.677

2010

10.323

Sobre APAS Regional Ribeirão Preto: Em 2016, a região de Ribeirão Preto foi responsável por 5,9% do faturamento do setor supermercadista no estado, o que equivale a aproximadamente R$ 6 bilhões. Aqui, o setor emprega, aproximadamente, 31 mil colaboradores. E assim, o setor desponta como uma das principais atividades do comércio e do PIB da região. Só na cidade de ribeirão preto o setor de supermercados faturou no ano passado R$ 1,8 bilhões, o que equivale a 28% da região e 1,7% do faturamento de todo o estado de São Paulo. A APAS possui 10 regionais em todo o Estado e mais cinco escritórios distritais na capital paulista. A Regional Ribeirão Preto é composta por 76 cidades e possui 116 associados em toda sua área de cobertura. O empresário Nilton Cezar Gricki, dos Supermercados Gricki é o atual diretor regional da entidade.

Sobre a APAS – A Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade tem 1.415 associados, que somam mais de 3.160 lojas.


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