Vírus de roteador existe e pode causar vários problemas nos aparelhos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 11 de fevereiro de 2018 às 02:54
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:34
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Um dos primeiros sinais de é a lentidão na navegação, já que ela é compartilhada com outros computadores

Uma ameaça silenciosa e pouco
conhecida, mas que pode causar muita dor de cabeça. Assim pode ser definido um
tipo pouco conhecido de vírus: aquele que é capaz de infectar roteadores.

Em uma rede doméstica, o
roteador é o responsável por gerenciar a conexão dos diversos aparelhos –
celulares, tablets, notebooks, videogames, Tvs, etc – com a internet. Ao
cumprir sua função de “meio de campo”, ele define a identificação de cada
aparelho (o IP) e organiza como os dados vão trafegar nessa rede.

O vírus de roteador
basicamente interfere nesse processo. “Não é como num computador, Esses
dispositivos possuem memória RAM, mas não capacidade de disco para armazenar
arquivos. Justamente por isso, um malware que ataca e compromete um dispositivo
de rede se hospeda na memória do dispositivo”, explicou o analista sênior de
segurança da Kaspersky Lab, Fábio Assolini.

Ele diz que esse ataque é
comum e, no Brasil, o pico aconteceu entre 2011 e 2012, com mais de 4,5 milhões
de casos. “A cada mês encontramos cerca de dez servidores DNS maliciosos,
específicos para a prática de golpes”, diz ele.

Assolini aponta que existem
três tipos básicos de infecção. A remota independe de qualquer ação do usuário.
Ou seja, muda os chamados servidores DNS, que traduzem os sites que digitamos
nos navegadores para números IPs, ou instala um malware na memória do
dispositivo, explica o especialista.

Quando ocorre a mudança do
DNS, o criminoso passa a controlar toda a navegação dos dispositivos conectados
a esse roteador. Com isso, o roteador pode ser utilizado em ataques do tipo
DDoS, que sobrecarregam servidores para derrubar algum tipo de serviço – um computador
central “ordena” que milhares de outros computadores acessem um determinado site,
causando sobrecarga.

Outro tipo de ataque ocorre
quando o usuário acessa sites com scripts maliciosos, feitos para mudar as
configurações de DNS do roteador. Esse tipo de infecção é comum em aparelhos
que não tiveram sus senhas de acesso mudadas.

Por fim, há um ataque no qual
o invasor recompila o firmware (código programado no hardware do aparelho) do
roteador. Isso faz com que a infecção seja permanente. De acordo com Assolim,
esse tipo é o mais raro, tanto pela dificuldade quanto pelos riscos de causar
danos físicos ao roteador.

O primeiro passo para se
livrar do problema é verificar o funcionamento do seu roteador.

Um sinal muito comum é a
lentidão na navegação, já que a rede acaba sendo compartilhada com diversos
computadores.

Outro indicativo até mais
confiável é quando desaparece o cadeado de segurança de sites https. Isso
significa que a navegação está sendo redirecionada para um site falso, sem
segurança.

Por fim, costumam aparecer
muitos banners publicitários em páginas que, normalmente, não exibiam esse tipo
de propaganda.

A solução, felizmente, é
simples. Comece reiniciando o roteador, usando o botão “reset” presente no
aparelho. Isso faz com que ele retome as configurações de fábrica – caso você
personalize o funcionamento do aparelho, vale anotar essas mudanças.

Em casos mais graves, convém
buscar ajuda especializada.


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