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Parobé, município vizinho de Três Coroas sofreu baixa de 250 sapateiros com fechamento da Bottero
Trabalhadores da fabricante de calçados femininos Crysalis protestaram na manhã de ontem, quinta-feira (12) em Três Coroas contra o fechamento da indústria após a Justiça decretar a falência da empresa.
O encerramento das atividades vai afetar mais de 400 trabalhadores. Em processo de recuperação judicial, a empresa não conseguiu cumprir o plano de reestruturação aprovado pelos credores, homologado em março de 2017 e teve falência decretada na terça-feira (10).
“As pessoas querem que a fábrica reabra e exigem que alguém do Fórum as receba”, diz o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Calçados de Três Coroas, Erni Rinker.
Segundo ele, o setor jurídico do sindicato está em contato com a empresa para avaliar medidas para assegurar os empregos. A Justiça lacrou a indústria. Até agora não houve demissões, diz Rinke.
No despacho, a juíza constatou uma “postura procrastinatória” da Crysalis em cumprir o plano de recuperação judicial e apontou que, desde o pedido de recuperação, em junho de 2016, a companhia apresenta um “crescente aumento de sua dívida”, mesmo com a moratória concedida pela Justiça.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Calçados de Três Coroas, a maioria dos funcionários da empresa reside em cidades vizinhas, em especial Parobé, município que já sofreu uma baixa de 250 postos de trabalho no setor calçadista no início do mês com o fechamento de uma das fábricas da Bottero.
Três Coroas tem uma base de cerca de 5 mil sapateiros, que atuam em dezenas de empresas. Dez delas são de grande porte. A Crysalis é a terceira que mais emprega, segundo o sindicato dos sapateiros.