Todas as pessoas precisarão receber dose de reforço em 2022, diz epidemiologista

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 11 de outubro de 2021 às 13:30
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Objetivo do Ministério da Saúde é aplicar a 3ª dose contra covid em 2022 para todas as pessoas acima de 12 anos

Objetivo do Ministério da Saúde é aplicar a 3ª dose contra covid em 2022 para todas as pessoas acima de 12 anos

 

O Ministério da Saúde divulgou o esquema vacinal contra a Covid-19 para 2022. A partir do próximo ano, apenas dois imunizantes fazem parte do Plano Nacional de Imunização (PNI): Pfizer e Astrazeneca.

Segundo a pasta, os imunizantes Coronavac e Janssen poderão integrar a campanha nacional de vacinação caso obtenham o registro definitivo na Anvisa.

Em entrevista à CNN, a epidemiologista e ex-coordenadora do PNI (de 2011 a 2019) Carla Domingues falou sobre os planos do Ministério para o próximo ano, que incluem dose de reforço para pessoas de 18 a 60 anos, mais duas doses para idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos, além da nova fila de vacinação que será por ordem decrescente de idade, e não mais por grupo de risco.

Para Carla Domingues, o ministro Marcelo Queiroga acerta com este novo anúncio. “Hoje nosso foco é garantir a segunda dose para toda a população, o ano que vem é garantir que todas as pessoas acima de 12 anos recebam esse reforço a partir de seis meses da última dose recebida”, afirmou.

A epidemiologista falou também sobre a mudança na fila do plano de imunização para o ano que vem.

“Essa proposta de fazer a vacinação por grupo profissional não foi efetiva, dificultou e atrasou a vacinação. Fazer por faixa etária é muito mais fácil e organiza o processo de vacinação”, disse.

Quanto ao anúncio de que apenas vacinas com o registro definitivo na Anvisa serão utilizadas no esquema vacinal, a epidemiologista afirma que os governos devem mudar o objetivo da vacinação.

“É preciso diminuir o contato com a doença e buscar vacinas como a Aztrazeneca que tem eficácia de 70% e da Pfizer, com 90%”.

Mas Carla lembra que as vacinas utilizadas este ano tinham outro objetivo principal. “Em 2021, o nosso foco era diminuir a gravidade, ou seja, hospitalização e internação. Para isso, a Coronavac teve papel fundamental, principalmente no início da campanha”, disse.

*Informações CNN


+ Saúde