Toda a população do Estado de SP será vacinada até o fim do ano, garante João Doria

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 2 de fevereiro de 2021 às 21:00
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Sobre o risco de faltarem doses para a segunda aplicação das vacinas, Doria diz que o Estado não enfrentará esse problema

João Doria diz, em entrevista, que ‘onde o plano nacional não atuar, o plano estadual vai’Foto: Arquivo/Jornal da Franca

 

Toda a população do estado de São Paulo “será vacinada até o fim do ano”, afirmou o governador João Doria (PSDB) em entrevista ao UOL nesta terça-feira (2).

“Até o final do ano [a população será vacinada], sim. Vamos seguir o plano nacional de imunização. E onde o plano nacional não atuar, o plano estadual vai”, afirmou Doria.

São Paulo está imunizando a população com doses da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida pelo Instituto Butantan, e também com a vacina de Oxford/AstraZeneca.

O estado recebeu mais de 500 mil doses do imunizante desenvolvido pela universidade britânica.

O governador citou como exemplo de funcionamento do plano estadual a vacinação dos quilombolas – o grupo fazia parte dos prioritários a serem vacinados contra a covid-19 no plano divulgado pelo estado em dezembro de 2020.

Em janeiro, no entanto, eles não estavam mais na lista daqueles que seriam imunizados em São Paulo.

Doria atribuiu a exclusão a uma ação do Ministério da Saúde, que teria retirado os quilombolas da fase inicial do PNI (Plano Nacional de Imunização).

Após reportagem do portal G1, o governador determinou a inclusão do grupo no plano estadual.

Sobre o risco de faltarem doses para a segunda aplicação das vacinas – tanto a Coronavac como a vacina de Oxford requerem uma segunda dose –, Doria garantiu que o estado não enfrentará esse problema. “Aqui não há risco. Teremos a segunda dose para todos que tomaram a primeira”, afirmou.

Para o governador de São Paulo, o Butantan está “sustentando” a vacinação até agora no país, e é preciso investir na aquisição de mais vacinas.

O tucano disse ainda que o governo federal “errou feio” ao apostar em uma única vacina, a de Oxford. “Nós precisamos que o governo federal forneça mais vacinas”, declarou.

“O governo federal errou, e errou feio, ao escolher uma vacina. Hoje, o que sustenta o programa nacional é a vacina do Butantan, que chegou a ser proibida pelo presidente Jair Bolsonaro. Esse é o enfrentamento. Precisamos de mais vacinas”, afirmou.

O estado de São Paulo foi o primeiro a iniciar a imunização contra a covid-19 no Brasil. No dia 17 de janeiro, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o uso emergencial da Coronavac, Doria iniciou a vacinação dos profissionais de saúde.

Vacinas no SUS x clínicas particulares

Para o governador de São Paulo, a prioridade no recebimento das vacinas contra a covid-19 deve ser do SUS (Sistema Único de Saúde), e não das clínicas particulares.

“Prioridade é o SUS. Nós temos que vacinar todos os brasileiros, e gratuitamente. As clínicas particulares só deveriam ter vacina após o SUS”, disse. Doria afirmou, ainda, que “privilegiar os ricos não é correto”.


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