Time de gamers leva apoio emocional a colegas com depressão em parceria com CVV

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 15 de agosto de 2021 às 09:30
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Centro de Valorização da Vida (CVV) montou um time de jogadores profissionais de games com a missão de identificar e acolher quem precisa de apoio

Todos os dias, o CVV atende cerca de 10 mil ligações, além do atendimento pelo site

 

Quem passa por um processo de depressão e chega ao extremo, a ponto de pensar em suicídio, precisa de atenção.

O pedido de ajuda, muitas vezes, vem com sinais imperceptíveis e, até mesmo, dentro de um jogo de videogame.

Com o objetivo de auxiliar nesse desafio entre os jovens, o Centro de Valorização da Vida (CVV) montou um time de jogadores profissionais de games com a missão de identificar e acolher quem precisa de apoio.

Todos os dias, o CVV atende cerca de 10 mil ligações, além de realizar acompanhamentos pelo site.

A aliança com os “esports” – nome dado às competições profissionais de games – é uma forma do Centro detectar quem precisa de apoio e orientá-los.

Para isso, jogadores de clubes profissionais de esports têm recebido treinamento especializado.

A competitividade nos games pode desencadear problemas emocionais, como a ansiedade e a depressão.

Em apenas um ano e meio de prática, Rafael Freire, por exemplo, se tornou campeão mundial pelo Corinthians.

“A gente tem que aprender a lidar assim, nunca achar também que é o melhor só porque ganhou. E caso eu perdesse, também não podia abaixar a cabeça e achar que eu fosse pior”, disse o atleta.

No Brasil, uma pessoa tira a própria vida a cada 45 minutos. A preocupação é maior entre os jovens.

O Diretor do Instituto de Psiquiatria Paulista, Henrique Bottura, explica que os jovens ainda estão na fase de “estruturação da personalidade.”

“Os jovens são pessoas que ainda estão numa fase de formação dos aspectos do caráter que funcionam como protetores. Portanto, são populações vulneráveis, expostas a substâncias e a desafios do crescimento do mundo adulto.”

Um voluntário do CVV, Carlos Correia, percebeu, ao longo do projeto, que os jovens preferem se abrir com pessoas da mesma idade.

“A ideia foi que, ao capacitar uma pessoa, explicando as ferramentas do acolhimento, do não julgamento, do não tentar minimizar o sofrimento alheio, se eu for acolhedor, eu consigo fazer isso.”

O desafio foi entender que transtornos emocionais podem ser parte do jogo, mas precisam ser combatidos com acolhimento.

*Informações CNN


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