Sabia que a obesidade pode agravar a asma e a apneia do sono?

  • Dayse Cruz
  • Publicado em 23 de abril de 2025 às 22:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Com a chegada do outono, de fato, os casos de doenças respiratórias aumentam, tornando-se uma preocupação para grande parte da população

Obesidade é um dos principais fatores que podem agravar casos de asma e apneia do sono – foto Arquivo

 

Especialistas explicam a relação entre obesidade e doenças respiratórias, que tendem a se agravar no outono!

Com a chegada do outono, de fato, os casos de doenças respiratórias aumentam, tornando-se uma preocupação para grande parte da população.

A obesidade, por exemplo, se destaca como um dos principais fatores que podem agravar quadros como asma e apneia do sono.

Obesidade e doenças respiratórias

De acordo com especialistas, o excesso de peso pode comprometer a função pulmonar e agravar inflamações, dificultando a respiração e aumentando os riscos de complicações.

“A obesidade está diretamente relacionada ao aumento de processos inflamatórios no organismo, e sem dúvida pode piorar quadros de asma e outras doenças respiratórias”.

“Além disso, o excesso de gordura abdominal pode reduzir a expansão pulmonar, tornando a respiração mais difícil”, explica a Dra. Andrea Pereira, médica nutróloga e co-fundadora da ONG Obesidade Brasil.

Além disso, a apneia obstrutiva do sono também é uma condição que pode ser causada ou agravada pela obesidade.

O acúmulo de gordura na região do pescoço pode levar ao estreitamento das vias aéreas. E, com isso, sem dúvida, dificultar a passagem do ar e provocando pausas respiratórias durante o sono.

“Muitas pessoas não percebem que a obesidade pode piorar a qualidade do sono. A apneia não tratada aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, prejudica a disposição para as atividades diárias, além de reduzir o bem-estar do paciente”, alerta o Dr. Carlos Schiavon, cirurgião bariátrico e presidente da ONG Obesidade Brasil.

Impactos na saúde mental

A relação entre obesidade e doenças respiratórias também pode afetar a saúde mental. Dificuldades respiratórias constantes, noites mal dormidas e limitações na rotina podem levar a um aumento nos níveis de estresse e ansiedade.

“Pessoas com obesidade e doenças respiratórias frequentemente sofrem com uma piora na qualidade de vida, além do estigma, o que pode gerar impactos emocionais significativos”.

“O cansaço excessivo e a sensação de falta de ar são fatores que contribuem para quadros de ansiedade e até depressão”, ressalta a psicóloga Andrea Levy, cofundadora da ONG.

Controlar o peso é essencial!

Especialistas reforçam a importância do controle do peso como estratégia fundamental para a melhora da saúde respiratória.

A adoção de hábitos saudáveis pode contribuir para a redução dos sintomas e a melhora da qualidade de vida. É preciso seguir alimentação equilibrada, praticar atividade física regular e manter acompanhamento médico adequado.

Obesidade Brasil

O Instituto Obesidade Brasil é a primeira organização sem fins lucrativos do mundo direcionada a pessoas com obesidade.

Ela surge com o objetivo de conscientizar e trazer informações claras e objetivas, sempre com mentoria científica e linguagem acessível.

São tratados temas sobre obesidade, prevenção, diagnóstico, tratamento, novas tecnologias e direcionamento aos centros públicos e gratuitos de atendimento, ajudando da melhor forma possível.

A ONG foi fundada em fevereiro de 2020 para conscientizar pessoas de que a obesidade é uma doença multifatorial e crônica.

Conta com um Conselho Científico composto por especialistas colaboradores de todo o território brasileiro, de perfil multidisciplinar. Os profissionais adotam o conceito de saúde universal e trabalham para que todos tenham acesso à ajuda médica especializada.

*Fonte Alto Astral


+ Saúde