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Utilização do Hospital da Caridade contra covid não é questão de dinheiro, mas falta de estrutura e tempo
As adaptações necessárias e a instalação dos equipamentos impedem a utilização imediata do Hospital da Caridade
O Hospital da Caridade, do Instituto de Medicina do Além, não tem como ser utilizado nessa fase de combate ao coronavírus.
E a questão não é financeira e nem jurídica, mas de falta de estrutura e falta de tempo para adequar o prédio e instalar os equipamentos às necessidades médicas e sanitárias.
A conclusão é de uma reunião realizada no gabinete do prefeito no final da tarde de quarta-feira (09), com presidente, diretores, médicos e advogados do IMA.
As informações obtidas junto aos que participaram da reunião dão conta de que o prédio não está pronto e nem adequado para um atendimento qualificado como exige o tratamento de covid.
Uma proposta prévia apresentada pelo Hospital da Caridade diz que seriam necessários mais de R$ 13 milhões para as adequações estruturais, compras de equipamentos, insumos e profissionais para colocar os leitos efetivamente em operação.
O próprio IMA afirma que não tem condições de prestar o serviço e sugere a contratação de um outro Instituto indicado por eles.
Correr para adequar o IMA poderia ser contraproducente na conclusão da obra, que tem tudo para se transformar num ponto de atendimento de excelência médica e hospitalar.
Com isso, a ideia é colocar um fim na guerra de narrativas entre os que defendem de forma intransigente a utilização do IMA e os que sabem que o prédio ainda não tem condições de atendimento.
Como Franca passa por uma situação crítica, o prefeito Alexandre Ferreira fez os esforços necessários para encontrar uma solução, intermediando uma série de reuniões e encaminhando soluções.
Ainda que as finanças municipais estejam comprometidas, certamente o chefe do Executivo encontraria meios de colocar o hospital em funcionamento.
Mas a questão não foi essa: foi falta de estrutura e de tempo para deixar tudo em conformidade com as necessidades que o combate ao covid exige.