Pesquisadores brasileiros desenvolvem técnica que diminui sequelas da Covid-19

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 6 de maio de 2021 às 16:30
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Pesquisadores brasileiros desenvolveram um equipamento que estimula músculos de pacientes sedados com correntes elétricas

Estimulação elétrica ajuda a estimular a musculatura de pacientes sedados

 

Pacientes que precisam ser internados para tratar a Covid-19 ficam, em média, 22 dias no hospital, de acordo com dados de uma pesquisa que traça o perfil dos doentes divulgada pelo SUS.

Tanto tempo parado – e muitas vezes desacordado – pode deixar a recuperação ainda mais lenta, mas uma técnica desenvolvida no Brasil tem ajudado a minimizar os efeitos de sequelas nos pacientes.

Pesquisadores brasileiros desenvolveram um equipamento que estimula músculos de pacientes sedados com correntes elétricas, como se a pessoa que recebe este tratamento estivesse em uma academia ou sendo atendida por fisioterapeutas.

De acordo com o CEO da Visuri, Henrique Martins, a técnica “mantém todo o sistema neuromuscular do paciente intacto, enquanto o mesmo está desacordado, com segurança”.

“O procedimento mede todas as condições e entrega doses rigorosas, mas sem causar lesões”, afirmou Martins.

O aparelho só está disponível em hospitais particulares, mas há negociações com o governo federal para que ele chegue ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Sequelas da internação

Um estudo da Academia Nacional de Medicina (ANM) indica que 20% dos pacientes internados por semanas pela Covid-19 desenvolvem algum tipo de problema.

São sequelas mais profundas das já conhecidas pela infecção, como fadiga, perda de olfato ou dores de cabeça.

As síndromes pós-Covid podem causar doenças pulmonares, cardíacas, psiquiátricas e até musculares.

“Quando você tem uma inflamação muito grave, como acontece com os pacientes com infecção pelo sars-cov-2, a Covid, você tem um comprometimento de todos os seus músculos e nervos”.

“Você fica completamente enfraquecido, sem forças. Você não consegue, por exemplo, movimentar as mãos, você não consegue andar, você tem dificuldade para falar”.

“E essa complicação demora algumas semanas para que você possa recuperar. Você tem que fazer todo um período de reabilitação para você aprender a fazer isso tudo… Andar, falar, deglutir, comer”, afirmou Ederlon Resende, membro da Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

*Informações CNN


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