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Siglas nanicas tiveram desempenho afetado por mudanças na legislação eleitoral, como a cláusula de barreira
Beneficiados com cerca de R$ 4,8 milhões do fundo eleitoral — pouco mais de R$ 1,2 milhão para cada — PSTU, PCO, PCB e UP não conseguiram eleger nenhum vereador e prefeito em todo o país na eleição municipal de 2020.
Sem representação no Congresso, as siglas nanicas tiveram seu desempenho afetado por recentes mudanças na legislação eleitoral, como a cláusula de barreira, que limita o acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV.
No entanto, pela legislação, seguem tendo direito aos recursos especiais para campanhas. Ao todo, cerca de R$ 4,8 milhões foram recebidos por essas legendas.
Parcela desses partidos vem perdendo a já pequena representatividade nos legislativos locais pleito após pleito. Em 2016, o PCB havia conseguido eleger Osiel Gomes Batista para uma das vagas de vereador em Nossa Senhora do Socorro, no Sergipe. Este ano, o feito não foi repetido.
Já o PSTU e PCO repetiram o mesmo resultado de quatro anos atrás: não eleger nenhum representante. Em 2012, os socialistas elegeram dois vereadores, enquanto os comunistas não fizeram nenhum candidato desde então.
Para este pleito, o PSTU lançou 50 candidatos a prefeito e 108 a vereador. O número de candidatos a uma vaga no Legislativo municipal foi menor que em 2016, quando foram lançados 227 nomes, enquanto o total de postulantes a prefeito permaneceu estável.
O partido recebeu 34 mil votos para o cargo de prefeito, 0,02% dos votos contabilizados em todo o país. Cerca de 10% desses votos foram de Cyro Garcia, candidato no Rio de Janeiro que teve mais de 3 mil votos.
O insucesso nas urnas foi compartilhado com o estreante Unidade Popular, o UP. Responsável por lançar 15 candidatos a prefeitos e 100 a vereador, recebeu recebeu 16,9 mil votos em todo o país, mais que o registrado pelo PCO, com seus 38 candidatos.
A divisão de 98% dos recursos do Fundo Eleitoral leva em consideração o número de votos de cada partido na eleição anterior e a representatividade no Congresso. Apenas 2% são divididos de forma igualitária entre as siglas com registro válido seis meses antes da eleição.