Mulheres são 2% dos cargos de liderança nas pesquisas de ciência e tecnologia

  • Robson Leite
  • Publicado em 15 de setembro de 2021 às 21:30
  • Modificado em 16 de setembro de 2021 às 07:21
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

O levantamento mostra ainda que 17% da população feminina do Brasil, conforme dados do IBGE, de 2016, concluíram o ensino superior

No Brasil, as mulheres são maioria entre os alunos de graduação e doutorado.

Apesar disso, a sub-representação começa no nível da docência universitária e cresce à medida que os cargos de liderança aumentam e se tornam mais políticos.

A Pesquisa Comparativa sobre Mulheres e Meninas em STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática, na sigla em inglês) na América Latina indica que, nos cargos políticos mais elevados em Ciência e Tecnologia, a representação feminina não passa de 2%.

Vera Oliveira, gerente sênior de Educação Superior do British Council, diz que, ao longo da carreira, as mulheres enfrentam diversas barreiras e falta de incentivos, dentro e fora da academia, para alcançar posições mais altas.

Rede de apoio

Ela cita como exemplo a rede de apoio para mães pesquisadoras e lembra que a licença maternidade para alunas de pós-graduação é uma conquista recente. O British Council é uma das instituições organizadoras do evento.

As bolsas científicas em STEM são 91.103 no Brasil, segundo dados da pesquisa, das quais 58% foram concedidas a pesquisadores brancos. A participação de pesquisadores negros é de 26% e a de indígenas não chega a 1%. Com o recorte de gênero, entre as bolsistas, 59% são brancas. As mulheres negras representam 26,8%.

O levantamento mostra ainda que 17% da população feminina do Brasil, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) de 2016, concluíram o ensino superior.

Entre os homens, o percentual é de 13,5%. O percentual de mulheres brancas com diploma é maior, 23,5%. Os alunos matriculados no ensino superior, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) 2020, somam mais de 8,4 milhões, sendo 57% mulheres e 43% homens.

“As mulheres são grandes contribuintes para as publicações no Brasil: 51% dos autores de publicações científicas são mulheres, enquanto 40% dos 10% dos principais autores mais produtivos são mulheres.”

(Com informações da Agência Brasil)


+ Ciência