Mercado financeiro prevê inflação de 4,92% para este ano. Só se for na Cochichina

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 19 de abril de 2021 às 12:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

A projeção para 2021 está acima do centro da meta de inflação, mas permanece dentro do limite de tolerância, diz o Banco Central

Segundo uma notícia publicada pela Agência Brasil, a  previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, subiu de 4,85% para 4,92%.

Esse foi o segundo aumento consecutivo na estimativa que consta do boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

O difícil é explicar para uma pessoa que vai ao açougue, supermercado ou varejão que a inflação é de menos de 5%. Principalmente quando essa pessoa está pagando até 20% a mais na compra de determinado produto.

Mais complicado ainda é explicar para o consumidor porque o preço do sabão em pó foi de menos de R$ 7,00 para mais de R$ 10,00 o quilo em cerca de três meses.

O comprador fica sem entender quando gasta R$ 280,00 numa compra que no mês passado custou R$ 200,00.

É comum ouvir das pessoas que esse índice de inflação pode até ser verdadeiro, mas deve ser na Cochinchina (essa região hoje faz parte do Vietnã).

Fica difícil explicar para as pessoas uma inflação em itens que não dependem de insumos, que não há crise de fornecimento.

O aumento do custo de vida até poderia ser explicado na diferença entre inflação de custo e inflação de demanda, mas para isso o consumo teria de subir além da oferta — situação que não se reporta no país.

Por isso, pessoas se manifestam em vários grupos no Facebook, protestando contra a inflação nem sempre com palavras amenas. Pelo contrário, existe revolta.

Um dos detalhes observados: as pessoas não culpam o governo, mas os que aumentam os preços aparentemente sem razão. Enfim, sempre é bom ouvir a voz do povo.


+ Economia