Médicos alertam para o aumento das terríveis dores de cabeça com a chegada do calor

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 28 de setembro de 2024 às 19:00
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Especialista em dor cita desidratação como um fator que pode embasar diversos problemas que vêm à tona em épocas mais quentes

Presenciando esse aumento das temperaturas em todo o Brasil, muitas pessoas começam a enfrentar uma série de desconfortos físicos que podem comprometer a qualidade de vida.

Entre as queixas mais comuns estão as dores de cabeça, frequentemente associadas à desidratação, além de dores musculares e nas articulações devido ao calor intenso.

O médico Marco Nihi, neurologista especialista em dor, traz informações e dicas valiosas para prevenir esses problemas de forma saudável.

Um dos maiores vilões do verão é a desidratação. Com o calor, nosso corpo perde água rapidamente, especialmente através do suor. Quando a ingestão de líquidos não é suficiente, surgem dores de cabeça, que podem variar de leve a intensa.

“A desidratação não apenas afeta o nosso bem-estar, mas também provoca mudanças na circulação sanguínea, o que pode levar a crises de enxaqueca em pessoas predispostas”, alerta o Nihi.

Sinais de Alerta

Os primeiros sinais de desidratação incluem sede intensa, boca seca e fadiga. Com a progressão, podem surgir sintomas mais graves, como tontura, confusão e, claro, dores de cabeça. É crucial estar atento a esses sinais, especialmente em dias muito quentes.

Dicas práticas para manter a hidratação

Beba água regularmente: o recomendado é, no mínimo, 2 litros de água por dia. Em dias de calor extremo ou após atividades físicas, essa quantidade deve ser aumentada.

Frutas e verduras: inclua na dieta alimentos ricos em água, como melancia, abacaxi, laranja e pepino.

Evite bebidas diuréticas: o consumo excessivo de café, álcool e refrigerantes pode aumentar a desidratação. Opte por bebidas isotônicas ou água de coco como alternativas.

Outras dores

Além das dores de cabeça frequentemente causadas pela desidratação, o calor também traz à tona uma série de outras queixas, especialmente relacionadas a dores musculares e nas articulações. Essas condições podem ser exacerbadas pelas altas temperaturas, aumento da atividade física e mudanças na rotina.

“A falta de condicionamento físico adequado, aliada ao calor, pode resultar em lesões e dores musculares. Além disso, a perda de líquidos e eletrólitos durante o exercício pode causar cãibras e dor muscular”, diz Nihi.

O calor também pode impactar as articulações, especialmente em pessoas com condições pré-existentes, como artrite. O aumento da temperatura pode causar inflamação e dor nas articulações.

“Levando isso em consideração, o ideal é que essas pessoas considerem fazer atividades de baixo impacto, como natação ou ciclismo, que são menos impactantes para as articulações, além, é claro, da prática de alongamentos constantes para ajudar a manter a flexibilidade e prevenir tais lesões”, completa o médico.

Ele finaliza explicando que em épocas de calor intenso, é essencial estar atento ao corpo e adotar práticas saudáveis para prevenir dores e desconfortos. Manter-se hidratado, respeitar os limites físicos e cuidar da postura são fundamentais para garantir que as altas temperaturas não afetem sua qualidade de vida.

Sobre Marco Nihi

Médico especializado no alívio da dor e na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Formado pela Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e Neurologista pelo Instituto de Neurologia de Curitiba (INC) e Pós-graduado em Dor pelo Hospital Albert Einstein.

Atualmente, também é Coordenador da Residência Médica de Neurologia no Instituto de Neurologia de Curitiba (INC) e Neurologista da Clínica CINDOR (Centro Interdisciplinar do Tratamento da Dor).


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