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No início desta semana, a projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 subiu pela 27ª vez seguida, alcançando 8,59%.
Casal usa celular para somar valores durante compra em supermercado
A inflação acumulada em 12 meses pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) provavelmente alcançou o pico deste ano em setembro.
É o que sinaliza o banco JP Morgan em relatório divulgado na segunda-feira (11). Em setembro, o IPCA acumulado em 12 meses chegou a 10,25%.
É a maior variação desde fevereiro de 2016 (10,36%), conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Já a taxa mensal do IPCA foi de 1,16%, a mais elevada para setembro desde 1994. A variação, apesar de robusta, veio em nível inferior à esperada pelo mercado financeiro (1,25%).
Resultado
Na visão do JP Morgan, o resultado de setembro dificilmente pode ser caracterizado como animador, já que é o maior desde o começo do Plano Real.
O dado, contudo, ficou em um nível “muito mais baixo do que o esperado”, apontou o banco. “Achamos que setembro marcou o pico da inflação anual neste ciclo”, afirma o relatório.
O JP Morgan projeta uma desaceleração do IPCA para 8,4% no acumulado deste ano.
Nesta segunda-feira, a projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 subiu pela 27ª vez seguida, alcançando 8,59%.
Boletim Focus
A estimativa aparece na versão mais recente do boletim Focus, produzido pelo BC (Banco Central).
Em parte, analistas associam a possível perda de fôlego do IPCA a um efeito estatístico, já que houve um repique nos preços de alimentos na reta final do ano passado.
A inflação acima de 8%, contudo, permanece como motivo de preocupação entre economistas, consumidores e empresários.