Segundo Campos Neto, a expectativa era que o pico de inflação fosse em dezembro ou janeiro deste ano, mas a quebra da safra e a alto do preço do barril do petróleo jogaram a previsão para frente.
“A gente tinha uma percepção que ia ver o pico de inflação perto de dezembro, janeiro. Aí a gente viu uma quebra de safra, que não é pouco relevante, e a gente estava vendo o petróleo indo para 60 [preço do barril, em dólar], de novo ele voltou indo pra cima de 90”, afirmou o presidente do Banco Central durante evento promovido pela Esfera Brasil, organização que promove debates ligados a área de empreendedorismo.
Saiu na frente
No evento, Campos Neto afirmou que o Brasil saiu na frente dos demais países ao subir os juros para controlar a inflação. Em geral, uma alta na taxa de juros leva de seis meses a nove meses para fazer efeito na economia.
Segundo notícia do G1, a meta central de inflação para 2022, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada formalmente cumprida se ficar entre 2% e 5%.
Porém, o próprio Copom estimou que a inflação deve ficar acima do teto de 5% neste ano, o que representará, se confirmado, o estouro da meta de inflação pelo segundo ano consecutivo.