Francanos devem preparar o bolso para os reajustes em cadeia no começo do ano

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 2 de janeiro de 2022 às 16:00
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Consumidores devem preparar bem o orçamento para as despesas com aumentos de, pelo menos, 10%, acompanhando a inflação de 2021

Os consumidores devem preparar o bolso para os reajustes em cadeia que devem ocorrer já no início de 2022, acompanhando a inflação acima de dois dígitos registrada no ano passado.

Mensalidades escolares, passagem de ônibus, conta de luz, Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto de Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) são alguns exemplos de despesas que virão com aumentos em torno de 10% neste ano.

A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 10,74% no acumulado em 12 meses até novembro. E, pela mediana das estimativas do mercado computadas no boletim Focus, do Banco Central, o indicador deve encerrar o ano com elevação de 10,02%.

Os contratos de aluguéis, reajustados pelo Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M), terão alta ainda maior, de 17,78%.

Ao longo da pandemia, proprietários e inquilinos buscaram indexadores mais baixos, como o IPCA, para evitarem aumento acima da capacidade de pagamento. Agora, porém, será preciso muita disposição de ambos para, novamente, renegociarem os contratos, avaliam os especialistas.

Em Franca, o IPTU será reajustados em 11,08%. Quem pagar em cota única até o dia 17 de janeiro tem desconto de 10%.

O IPVA, repartido entre Estado e Município, deve ter um aumento médio de 22%, sendo que o valor final depende do tipo e ano do veículo. O governo do Estado publicou uma tabela de datas e de descontos.

Segundo uma notícia do jornal Correio Braziliense, é importante começar o ano organizando as contas, planejando as despesas mês a mês, de forma a evitar a inadimplência.

É aconselhável rever os hábitos de consumo, começando pelo lazer, se o endividamento já for elevado. A situação se agrava, porque a renda do trabalho está no menor nível desde 2012. E, na maior parte dos casos, os salários continuarão perdendo para a inflação.


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