Eleições, crise econômica e coronavírus estão no centro das preocupações para 2022

  • Robson Leite
  • Publicado em 23 de janeiro de 2022 às 20:00
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A situação macroeconômica brasileira, as eleições e a explosão de casos de covid são vistos como os grandes obstáculos de 2022

Apesar da velocidade sem precedentes do avanço da covid19, executivos de grandes empresas já não veem a pandemia como o principal desafio do ano.

Após 22 meses lidando com a imprevisibilidade que o coronavírus trouxe ao mundo, o assunto ainda está entre os mais citados por executivos quando questionados sobre as dificuldades e as oportunidades que 2022 traz.

O tom, porém, não é de preocupação com a possibilidade de a pandemia voltar a paralisar os negócios, mas de que já houve muito aprendizado desde 2020 e que as companhias precisam saber lidar com as ondas da doença.

“Todos nós ainda temos de aprender com o vaivém do vírus. Teremos de continuar muito atentos à pandemia. Se o mundo já tinha grandes incertezas antes, continuará incerto, e vai ser muito importante monitorar isso”, diz o presidente no Brasil da multinacional General Mills, Waldemar Junior, em declaração para a revista Exame.

Alterar o planejamento

Nesse vaivém da pandemia, alguns executivos já tiveram de, nos primeiros dias do ano, alterar um planejamento que vinham fazendo havia meses: o retorno aos escritórios.

Com a agilidade conquistada à força nos últimos anos para trabalhar com imprevistos, no entanto, os profissionais não tiveram grande dificuldade de se readaptar.

Finalizando esse primeiro mês do ano, em que milhares de trabalhadores foram afastados do trabalho devido à pandemia, os rastros que a covid deixa, a situação macroeconômica brasileira e as eleições são vistos como os grandes obstáculos de 2022.

“O quadro econômico não favorece os negócios. Nos últimos dois trimestres, tivemos a economia desacelerando e isso deve se repetir agora”, diz o presidente do Grupo Boticário, Fernando Modé.

Segundo ele, “a inflação deve ser menor, mas ainda alta. Teremos menos gente podendo acessar o mercado de consumo em 2022. Esse é o maior desafio que teremos”.


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