Dengue, com 23 mil casos, e chikungunya são ameaças em meio à pandemia da Covid-19

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 18 de junho de 2021 às 09:00
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O aumento de casos de dengue, com 23 mil registros, e chikungunya em todo o estado de São Paulo colocou os órgãos de saúde em alerta

Nove pessoas morreram este ano com complicações de dengue, segundo a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo

O crescimento dos casos de dengue e febre chikungunya durante a pandemia da Covid-19 colocou em alerta os órgãos de saúde do estado de São Paulo e de diversos municípios.

Segundo os dados da Secretaria Estadual de Saúde, até o final do mês de abril deste ano foram registrados 23.200 casos de dengue e 9 mortes. Já a febre chikungunya conta com 2.200 casos de pessoas diagnosticadas com a doença.

De acordo com a médica infectologista Sílvia Fonseca, Diretora Nacional de Infectologia do Sistema Hapvida, que administra o Grupo São Francisco, além da Covid-19 é importante tomar todos os cuidados para prevenir a dengue e a chikungunya, não deixando que essas doenças saiam do radar da prevenção.

Aedes aegypti

“Em tempos de Covid-19 ‘esquecemos’ de doenças que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti como a dengue e a chikungunya. No entanto, os cuidados não podem parar. Temos que eliminar os focos do mosquito”, diz Sílvia.

Em Ribeirão Preto, o departamento de Vigilância em Saúde, órgão da Secretaria Municipal da Saúde, divulgou por meio do Boletim Epidemiológico da dengue, o registro de 50 casos confirmados no mês de abril de 2021. No acumulado de 2021 já são 168 casos.

No estado de São Paulo, em Tatuí, na região de Sorocaba, no primeiro trimestre de 2021 foram registrados 10.332 casos de dengue. O volume é superior aos casos de Covid-19 diagnosticados desde o início da pandemia, que totalizavam 9.314 casos até o mês de março.

Espalhados pelo Estado

Já no Guarujá ocorreram 527 casos de dengue e 412 da febre chikungunya, até março desde ano.

A infectologista ressalta a importância de reforçar os cuidados em casa, principalmente, neste momento de restrições e distanciamento social, já que é necessário eliminar os focos de reprodução do mosquito.

“Não deixe os pratinhos de planta com água parada ou qualquer outro objeto que possa empoçar, porque só um pouquinho de água, que nem precisa estar muito limpa, já é o suficiente para o mosquito colocar os ovos”, alerta Sílvia.

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