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Material foi doado e diante do sucesso, gestantes estão sendo incentivadas a doação para salvarem outras vidas
Jenson
Wright, 9, foi diagnosticado com linfoma pela primeira vez em novembro de 2013,
quando tinha apenas 4 anos de idade.
Com a
força de um guerreiro, ele superou a doença após vários ciclos de
quimioterapia, mas o câncer voltou pela segunda vez e os médicos descobriram
que era leucemia mielóide aguda, um câncer muito agressivo que se espalhou para
70% do corpo do paciente.
O
menino vive com sua família em Penketh, Inglaterra. Lá, ele passou por duas
outras sessões de quimioterapia, mas infelizmente a equipe médica disse que o
procedimento não funcionou conforme o esperado.
A
única opção que restava para o jovem era um transplante de células-tronco que,
em um caso semelhante, salvou a vida de um paciente no Texas, Estados Unidos.
As
células-tronco foram removidas de um cordão umbilical previamente doado.
Jenson
foi submetido à operação em dezembro de 2016. Os médicos ficaram surpresos ao
descobrir com que rapidez o corpo do garoto reagiu ao tratamento apenas cinco
dias após a cirurgia.
Mais
de dois anos após o transplante, ele foi informado de que estava completamente
curado de câncer.
Sua mãe Carolyn, 46, disse:
“A cura veio completamente do nada. Foi muito emocionante quando eles disseram
[que o filho foi curado] porque você nunca espera ouvir essas palavras quando
está passando por tantas coisas difíceis.”
A
batalha de Jenson contra o câncer começou quando sua mãe notou um inchaço na
lateral do rosto do garoto enquanto dirigia.
Em uma
análise mais aprofundada, ela percebeu que o inchaço era realmente um núcleo
duro; imediatamente o levou para o hospital.
Após
vários testes e raios-X, a família foi instruída a trazer Jenson de volta dias
depois para uma biópsia urgente.
Quando
os resultados chegaram, ele foi diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda,
a forma mais comum de câncer infantil.
Jenson iniciou o tratamento
imediatamente e passou nove meses em quimioterapia intensiva. Ele perdeu os
cabelos, e o seu rosto e o seu corpo ficaram bastante inchados.
Além
disso, seu apetite aumentou e ele passou a registrar mudanças bruscas de humor.
Depois
que o tratamento com células-tronco curou seu câncer, o garoto disse que vive a
vida “passo a passo”.
“Os
estágios iniciais do tratamento foram muito difíceis de entender e bastante
complicados para nós emocionalmente”, disse Carolyn. “Sem o transplante que o
salvou, estaríamos em uma situação completamente diferente”.
Um
estudo de 2013 publicado na revista científica Blood diz: “O sangue do cordão
umbilical é uma alternativa robusta, uma fonte segura de células-tronco para
pacientes com doenças hematológicas que podem ser curadas por transplantes de
células hematopoiéticas alogênicas.
“Inicialmente,
o transplante de sangue do cordão umbilical era limitado a crianças, dada a
baixa dose de células infundidas. Os transplantes de sangue de cordão umbilical
relacionados e não relacionados foram realizados com altas taxas de sucesso
para uma variedade de distúrbios hematológicos e doenças no ambiente pediátrico”.
Um
artigo da Universidade de Lancaster recomenda que as mulheres grávidas discutam
a doação de seus cordões umbilicais com um médico, para que o procedimento
possa salvar outras crianças como Jenson.
“Nunca
descobriremos quem era o doador, mas, ao fazê-lo, deram vida a outra pessoa”,
disse Carolyn. “Nos últimos dois anos, conseguimos recuperar nossas vidas”.
Jenson,
seu pai, sua mãe e seu irmão mais velho, de 18 anos, realizaram uma comemoração
em família para comemorar a notícia de que o jovem está livre de câncer.
“Meu
filho realmente tem DNA diferente agora por causa do transplante de
células-tronco – ele basicamente renasceu”, ponderou ela.
“Agora
precisamos entender o fato de que essa parte de nossas vidas acabou e esperamos
não ter que revisitá-la novamente. Nós apenas temos que aproveitar o nosso
futuro“.
*Psicologias do Brasil com Nation