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A água é essencial para as plantas, mas alguns equívocos na hora de molhá-las podem arruinar o seu jardim; aprenda a regar do jeito certo

Regar da forma errada pode acabar comprometendo a saúde das suas plantas – foto Freepik
A rega adequada – tanto em volume quanto em frequência – é fundamental para a saúde das plantas.
Se feita de forma errada, ela pode prejudicar descompassadamente o jardim, trazendo doenças e podendo levar a vegetação à morte.
“A água tem um papel essencial na fisiologia vegetal, indo desde a hidratação celular até o transporte de minerais do solo para a planta”.
“A rega adequada permite o equilíbrio dos tecidos vegetais, favorecendo o pleno crescimento e desenvolvimento da espécie”, conta a arquiteta paisagista July Dallagrana.
Para ajudar na tarefa, a paisagista Rejane Heiden indica alguns acessórios fáceis de encontrar. “O regador é essencial para vasos e plantas internas”.
“A mangueira com bico regulável evita o desperdício de água em jardins maiores. O pulverizador manual e o borrifador servem para plantas delicadas, que necessitam de umidade nas folhas”, aponta.
Abaixo confira quatro erros de rega que podem acabar com o seu jardim:
1. Não saber com que frequência regar uma planta
Tanto o excesso quanto a falta de água são ruins para os vegetais. Nos casos de hidratação insuficiente, a planta tende a reduzir o processo de transpiração, o que impacta diretamente na capacidade de geração de energia, prejudicando o seu desenvolvimento.
Quando a secura chega a níveis maiores, inicia-se a perda de flores, frutos e folhas. “Após esta etapa, há o chamado ponto de murcha permanente, ou seja, é o momento em que a espécie não apresenta mais capacidade de absorver água, mesmo se for molhada”, explica July.
Já a água em exagero faz com que as plantas sofram com a falta de oxigênio – processo chamado hipóxia.
“Elas iniciam o rompimento de algumas estruturas celulares para criação de bolsões de ar. Em termos práticos, a vegetação começa a perder folhas até o colapso generalizado”, conta a arquiteta
Como saber se a sua planta está com muita ou pouca água? Para descobrir a quantidade ideal, ainda vale a boa a velha pesquisa.
Consulte sites e livros sobre plantas, além de especialistas – em geral, garden centers e floriculturas têm equipes que conseguem colaborar nesta tarefa. Também ajuda um pouco de intuição e “sentir a sua planta”.
2. Não usar a quantidade adequada de água
Para verificar se as plantas estão sendo recebendo a quantidade certa de água, Rejane recomenda um teste simples: “Insira o dedo cerca de 2 cm no solo, se ele estiver úmido, não regue; se estiver seco, é hora de molhar”, ensina. Ela recomenda, ainda, observar os seguintes aspectos:
Folhas
Rega correta: têm coloração vibrante e sem manchas;
Falta de água: apresentam folhas murchas, amareladas e secas;
Excesso de água: folhas amareladas, apodrecendo e caindo.
Solo
Rega correta: solo úmido, mas não encharcado, e com boa drenagem;
Falta de água: terra seca, endurecida e com rachaduras;
Excesso de água: solo encharcado e com cheiro de mofo.
Crescimento
Rega correta: há desenvolvimento de flores e novos brotos;
Excesso de água: o crescimento é fraco, com desenvolvimento anormal das folhas e poucas flores;
Falta de água: o crescimento é lento, com folhas pouco desenvolvidas e poucas flores.
Pragas e doenças
Rega correta: as plantas são vigorosas e sem sinais de infestação;
Excesso de água: pode render o aparecimento de fungos, mofo e podridão;
Falta de água: maior facilidade para atrair pragas como cochonilhas e ácaros.
3. Regas em horários inadequados
A escolha do horário adequado para molhar as plantas é importante para garantir a sua saúde. Evite regá-las nos momentos mais quentes do dia, entre 10h e 15h, em especial durante o verão.
“Prefira as primeiras horas de manhã ou o final da tarde, para evitar a evaporação excessiva”, explica Rejane.
Regar à noite, especial em locais de clima mais frio, também pode ser prejudicial. Neste período, a evaporação cai, deixando a terra úmida por mais tempo, o que favorece a propagação de doenças e fungos.
4. Regar mudas e plantas grandes da mesma forma
Mudas e plantas já desenvolvidas têm necessidades hídricas diferentes e regá-las do mesmo jeito pode prejudicar o seu desenvolvimento.
Segundo Rejane, as mudas devem ser molhadas mais delicadamente e com bastante frequência, de preferência todos os dias. Isso porque, se uma semente em germinação secar, ela pode morrer.
Por outro lado, as plantas grandes precisam de água em maior volume e de forma mais espaçada.
“Ajustar a rega conforme o tipo e porte das plantas evita problemas como o apodrecimento das raízes, estresse hídrico e crescimento deficiente”, alerta a paisagista.
*Informações Casa e Jardim