Com estiagem que já dura 3 meses, cachoeiras de Altinópolis ficam quase sem água

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 4 de agosto de 2022 às 11:30
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Itambé, um dos pontos mais famosos ente turistas, está seca, e as outras quedas têm volume reduzido por causa da falta de chuvas

Cachoeira do Itambé, em Altinópolis, está sem uma gota de água – foto Sérgio Oliveira / EPTV

 

Há 80 dias, Altinópolis, famosa por suas cachoeiras – uma delas com 44 metros – não vê uma gota de água de chuva.

Segundo a prefeitura, são 35 cachoeiras e oito grutas. Uma das mais procuradas, a do Itambé está praticamente seca. Por causa disso, o lago formado com a queda desapareceu.

Também conhecidas, a cachoeira dos Macacos, com 47 metros de altura, e a Encontro das Águas ainda têm boa quantidade, mas porque a primeira é abastecida por uma represa e a outra pelos rios São João e Sapucaí. Ainda assim, o volume é muito menor do que o normal.

Cachoeira dos Macacos, em Altinópolis, ainda tem água, mas volume abaixo do normal – foto Sérgio Oliveira / EPTV

 

O tempo seco e a estiagem prolongada, além de afetar a paisagem local, também têm consequências diretas para o turismo na cidade. Sem água, os turistas acabam desistindo de visitar a cidade.

“Quanto mais água, mais chance de turismo. As pessoas vêm, entram na cachoeira, mas agora não tem condição de fazer isso”, diz o guia turístico Valter Donizete Marçal.

Uma das grutas, opção para esta época do ano, quando as cachoeiras estão mais secas, está interditada por conta do desmoronamento que matou nove pessoas em outubro de 2021 na gruta Duas Bocas.

Os turistas só podem se aproximar até o gradil para tirar fotos.

“Quem vai para os hotéis, a gente traz para essa cachoeira [Encontro das Águas] que tem água, já que na gruta não tem, aí eles podem aproveitar o passeio”, diz Marçal.

O guia, que trabalha em um hotel há 16 anos, espera que a volta da chuva alegre a paisagem. Ainda assim, a previsão é que ela só chegue volumosa em dois meses.

“Eu espero que logo comecem as águas e dê uma melhorada. O tempo seco faz mal para a gente, para os animais, para tudo. Eu acho que daqui uns dois meses já volta ao normal”, afirma.

*informações G1


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