Calorão desse verão está estressando as galinhas e isso prejudica a produção, ajudando na disparada do preço dos ovos

O aumento da demanda, aliado à redução da oferta no mercado interno, tem pressionado os preços dos ovos no Brasil neste início de ano.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), até 14 de fevereiro, o preço médio da caixa com 30 dúzias de ovos extra branco em Bastos, um dos principais polos produtores de São Paulo, chegou a R$ 194,16 no atacado, registrando alta de 36,5% em relação a janeiro e de 17,4% na comparação com o mesmo período de 2024.
Mas o que explica essa disparada?
O ovo costuma encarecer em momentos de aumento nos preços das carnes, quando os consumidores optam por uma proteína mais barata.
Além disso, o volume de vendas — e, portanto, os preços — deve continuar elevado até a Quaresma, quando tradicionalmente o consumo de ovos aumenta em substituição à carne, por conta dos preceitos religiosos do período.
Especialistas citam ainda um outro fator: o calorão.
Segundo o Globo, o aumento de temperatura estressa o animal. Quando a temperatura vai acima de 28º, a produção é bastante afetada.
Além disso, Nas regiões que mais produzem ovos estão no interior do estado de São Paulo, a temperatura ultrapassou 30º — afirma o economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Felipe Queiroz.
A Apas calcula que houve aumento de 2,65% nos preços de ovos em janeiro de 2025. No acumulado em doze meses, os ovos variaram 4,01%.
Todavia, existem altas bem mais elevadas: na Grande Belo Horizonte, a caixa com 30 dúzias de ovos brancos subiu 95,6%, saindo de R$ 128 para R$ 250.
Na grande São Paulo a alta foi de 71,9% e em Bastos foi de 69,4%
Pesquisadores do Cepea explicam que o avanço está atrelado ao aumento gradual da demanda pela proteína e à oferta limitada.
O portal Money Time, diz que outras regiões mostraram alta relevante com aumento de 88%; Grande São Paulo, com alta de 71,9%; Bastos (SP), com 69,4%. O aumento dos ovos vermelhos foi próximo em todas as regiões, oscilando entre 64% e 83%.