Otimismo com a situação econômica cai entre micro e pequenas indústrias no país

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  • Publicado em 3 de julho de 2018 às 17:51
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:50
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Pesquisa indica que 44% dos empresários acreditam que a inflação vai subir nos próximos três meses

A
63ª rodada do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo,
encomendado pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) ao Datafolha,
revela que no mês de maio a categoria baixou as expectativas positivas em
diversos aspectos da economia. Como, por exemplo, o desemprego, no qual 38% das
micro e pequenas indústrias (MPI’s) preveem alta para os próximos três meses,
em março eram 27%.

A
inflação também foi analisada, sendo que 44% das MPI’s acreditam que vai
aumentar, ante 27% em março. Para outros 37% da categoria o poder de compra vai
diminuir, o dado anterior era de 26%.

Para
o presidente do Simpi, Joseph Couri, há vários fatores, tanto externos como
internos, que estão afetando a confiança dos empresários da categoria, que já
se encontravam em um quadro delicado devido aos anos de crise mais forte.
“A greve dos caminhoneiros, por exemplo, foi um acontecimento que trouxe
ainda mais prejuízo para os empresários”, pontua.

Mudanças no cheque especial
Outro
aspecto analisado pela pesquisa foram as novas medidas no uso do cheque especial
anunciadas pelos bancos recentemente. Os clientes que utilizarem acima de 15%
do limite por mais de 30 dias terão a opção de migrar a dívida para um
crediário. Porém, para 43% das micro e pequenas indústrias (MPI’s) que
utilizaram cheque especial em maio, as instituições bancárias serão mais
beneficiadas do que os clientes.

“Essa
nova modalidade, cuja adoção não será obrigatória, entrará em vigor em menos de
um mês. Mas, 83% das micro e pequenas indústrias que utilizam o cheque especial
consideram que a melhor alternativa seria adotar juros mais baixos”,
explica Couri.

Entretanto,
para 43% das MPI’s essa mudança irá melhorar a situação financeira dos que
fazem uso do cheque especial, enquanto para outros 37% a situação não vai
sofrer alteração.

Termômetro da crise
O
estudo sobre a série histórica do Indicador de Atividade da Micro e Pequena
Indústria de São Paulo, realizado nos últimos cinco anos e denominado
Termômetro da Crise, traça um panorama desde o período pré-crise, passando pela
recessão, até o cenário atual. Esta análise foi encomendada pelo Simpi ao
Datafolha e é atualizada mês a mês.

O
Termômetro da Crise apresenta a temperatura do momento econômico presente,
sendo que quanto maior a temperatura, maior a probabilidade de agravar a
situação das MPI’s.

“A
temperatura de maio deste ano indica que há 37,7% de probabilidade de termos
uma piora. Isso significa que os empresários da categoria estão apreensivos
porque o otimismo com que entramos em 2018 não se concretizou, tanto pouco está
se traduzindo na retomada da economia”, finaliza.

A Pesquisa
O
Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado
pelo Simpi e efetuada pelo Datafolha, é reconhecido como sinalizador de
tendência. É importante salientar que 42% das MPIs de todo Brasil estão em de
São Paulo.

A
íntegra das 63 pesquisas Simpi/Datafolha, desde março de 2013, está disponível
no site da entidade (http://www.simpi.org.br).


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