HC de Barretos usa tomografia para reduzir efeitos da radioterapia

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de novembro de 2017 às 10:11
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:27
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Aparelho usado no procedimento no Hospital do Câncer é o único do país para uso exclusivo de pacientes do SUS

O Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, colocou em funcionamento no início desse mês de novembro um aparelho que promete melhorar a qualidade de vida de pacientes que fazem radioterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Com um sistema que realiza a tomografia em tempo real, o equipamento aumenta a precisão das radiações sobre as áreas com tumores e reduz os efeitos colaterais. A sala onde foi colocado o aparelho também conta com imagens e música ambiente para acalmar os pacientes, além de máscaras de super-heróis para as crianças.

De acordo com relatos de pacientes que já passaram pelo procedimento, a tecnologia os ajudaram a reduzir em quatro vezes a quantidade de sessões por mês em alguns casos.

Importada dos Estados Unidos, a tecnologia pode ser adotada no tratamento de diferentes tipos de câncer. De acordo com dados do departamento do Hospital do Câncer, em média um terço dos casos oncológicos passa pela radioterapia.

Com isso o que tem se observado é que é possível manter as taxas de cura, diminuindo os efeitos colaterais e as sequelas do tratamento.

A aplicação das radiações conta com um braço robótico que se move em 6D e monitora a exata região do tumor, o que ajuda a garantir um ataque mais preciso, com menos impacto nos órgãos próximos, mesmo diante de movimentos respiratórios.

A radiação demora dois, três, cinco minutos para ser feita. Até mesmo a respiração pode fazer com que o tumor se movimente na hora da aplicação e a máquina, vê em tempo real, aplica a radiação apenas no momento em que o tumor se encontra em posição planejada para o acesso.

Como consequência, os efeitos colaterais do tratamento são minimizados. Um paciente com tumor na cabeça e pescoço, por exemplo, não precisa mais conviver com a boca seca. Com a aplicação feita dessa forma, é possível poupar as glândulas salivares e o paciente não apresenta esse tipo de reação.


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