Favelas estão surgindo pela cidade: já preocupa o amontoado de gente na Vila Gosuen

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 22 de junho de 2021 às 13:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Diversos focos, alguns repletos de barracos, tem causado preocupação e pânico na população francana

Secretaria não tem conseguido impedir avanço na construção de barracos e população de rua é estimada em mais de 500 pessoas

Toda favela tem a mesma história no princípio. Um barraco é montado, depois outro, mais alguns e, quando se vê, dezenas, centenas ou milhares de pessoas se amontoam sem qualquer condição decente de moradia.

A população francana se orgulha, desde sempre, por não ter favelas. Na década de 80, uma foi iniciada, próximo à Santa Cruz. Mas o prefeito da época, Sidnei Rocha, retirou os moradores e os instalou na Vila Gosuen, no conhecido “puxa-faca”.

Passados muito anos, Franca vive atualmente uma explosão no número de moradores de rua, muitos vindos de outra cidade e com a grande maioria viciada em drogas ou álcool.

Inusitada

Trata-se de uma situação inusitada, pois essa população está se instalando em locais públicos de grande movimentação e incomodando a população em geral. Mais que isso, levando consigo a ocorrência de delitos, como furtos e ameaças, principalmente a mulheres e idosos.

O principal acúmulo de barracos fica, curiosamente, na própria Vila Gosuen, em frente a Casa de Passagem, na Avenida Doutor William Azzuz.

Dezenas de pessoas circulam diariamente entre os barracos sem qualquer estrutura de moradia, como banheiro, água, energia elétrica. Também usam drogas publicamente, principalmente crack.

Amontoado

Várias pessoas se amontoam também sob a marquise de um prédio público na Estação, onde funciona o Cartório Eleitoral e um posto da Viação Cometa. Improvisam moradias e, também, usam entorpecentes e álcool o dia todo.

O terceiro foco de favela de Franca em franca expansão fica sob o viaduto Dona Quita, sobre a Avenida Ismael Alonso y Alonso.

E com toda essa movimentação acontecendo, o que se vê, da Secretaria de Ação Social, comandada por Gislaine Nunes, são esforços para o funcionamento do Centro Pop em Franca. Os focos de favela parecem esquecidos e, se estão passando por algum tipo de triagem ou ação, não está sendo divulgado.

Enquanto isso, a população segue temerosa quanto à questão e insegura de transitar por esses locais, até mesmo durante o dia, aguardando um posicionamento de Gislaine, enquanto poder público, diante de um problema que só cresce a cada dia.


+ Política