Wagner Montes, apresentador e político, morre no Rio aos 64 anos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 26 de janeiro de 2019 às 13:02
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:20
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Wagner estava internado e foi vítima de complicações de uma infecção urinária

Nascido em Duque de
Caxias, na Baixada Fluminense, e formado em Direito pela Universidade Gama
Filho, o jornalista e político Wagner Montes morreu neste sábado, 26 de
janeiro, aos 64 anos.

Ele estava internado há
dois dias para tratamento de uma infecção urinária e ganhou notoriedade ao
apresentar noticiários policiais, de cunho popular, no rádio e na televisão.

Com pitadas de humor,
adotava o bordão “escraaacha”. Em 2018, foi eleito deputado federal
pelo PRB com 65.868 votos para um mandato que iria até 2022. Ele já havia
atuado como deputado estadual de 2007 a 2018, passando também por partidos como
PDT e PSD. Nas Eleições de 2010, obteve 528.628 votos, tendo sido o
candidato mais votado.

Montes começou sua
carreira como jornalista em 1974 na Super Rádio Tupi e, em 1979, tonou-se
apresentador do programa “Aqui e Agora”, da TV Tupi. Ele também
trabalhou por 17 anos no SBT, emissora na qual participou de programas como
“O Povo na TV” e como jurado do “Show de Calouros”.
Ele atuou ainda nas rádios Record e América, em São Paulo, e na Manchete,
no Rio, e também na Rede CNT.

Em 2003, migrou para a
TV Record e apresentou os programas “Verdade do Povo”,
“Cidade Alerta Rio”, “RJ no Ar” e “Balanço
Geral”, todos com foco no Rio de Janeiro. A boa audiência do “Balanço
Geral” fez com que o programa fosse replicado em quase todos os
outros estados na grade da emissora. 

Nas eleições de 2006,
Montes se afastou da TV para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa do
Rio. Foi o terceiro mais votado, na ocasião pelo PDT, com mais de 100 mil
votos. Em fevereiro de 2007 inaugurou a coluna semanal
“Escraaaacha!”, publicada às sextas-feiras no jornal
“Meia-Hora”.

Primeiro
vice-presidente da Alerj na legislatura que foi de 2015 a 2018, Montes chegou a
presidir o parlamento fluminense na ausência de Jorge Picciani, ex-presidente
da Casa que está em prisão domiciliar. Montes, porém, não chegou a se manter na
presidência por motivos de saúde e, com isso, o comando do parlamento
fluminense acabou caindo nas mãos de André Ceciliano, segundo vice-presidente.

Em de novembro de 1981,
Montes sofreu um acidente com um triciclo e precisou amputar a perna
direita. Para se locomover, usava uma prótese. Montes deixa a mulher, Sônia
Lima, e dois filhos – um, fruto do relacionamento com Sônia; outro, fruto de um
relacionamento com a Miss Brasil de 1983, Cátia Pedrosa.